Nos anos 90 o gênero slasher recebeu uma repaginada com a franquia Pânico. O sucesso foi tanto que logo surgiram outros filmes como Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado e Lenda Urbana, que também ganharam sequências. Mas como a indústria hollywoodiana gosta de explorar tudo aquilo que lhe rende louros, o gênero caiu na mesmice e logo passou a não render nada de bom e cada filme novo era genérico. Em 2011, o quarto filme de Pânico veio para trazer um certo saudosismo ao gênero e foi bem recebido, mas faltava aquele ar de originalidade.
Em A Morte Te Dá Parabéns, o diretor e roteirista Christopher B. Landon (Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal) soube trazer novamente esse tom que faltava ao gênero numa época onde os slashers não existem mais.
Na história, a jovem Tree (Jessica Rothe de Lily & Kat) é assassinada no dia do seu aniversário e passa a reviver o dia de sua morte, enquanto morre inúmeras vezes, ela vai tentando descobrir quem é seu assassino para que esse ciclo acabe.
Seguindo a mesma pegada de estar preso em um mesmo dia de Feitiço do Tempo, A Morte Te Dá Parabéns é divertido e, surpreendentemente, utiliza dos clichês do gênero de uma maneira boa. Grande parte do trunfo se deve a Jessica Rothe que parece estar bem à vontade e seu carisma logo nos conquista. Alguns momentos de comicidade passam do tom, mas no geral sua personagem é agradável e criamos afeto por ela, mesmo não sendo a melhor das pessoas.
O filme ainda traz breves momentos sobre polêmicas da atualidade como estupro, abuso e homossexualismo, um bom artifício para conectá-lo aos jovens, seu público alvo.
Apesar do roteiro se explicar demais – o lado ruim de se conectar com o público jovem – Landon nunca perde o fio da meada e a história, mesmo se passando no mesmo dia, consegue ter um bom ritmo e novas surpresas a cada reinício do dia.
O grande problema do filme fica na revelação final do assassino, parece que Landon quis enfeitar demais e acabou exagerando, mas a impressão geral do filme é positiva.
[wp-review id=”6883″]
