Review | Amityville: O Despertar

Franquias de terror não são novidade para ninguém e até hoje tem espaço no cinema. Desde as mais clássicas como A Hora do Pesadelo e Sexta-Feira 13, que neste século ganharam remakes, até as mais recentes como Jogos Mortais e Atividade Paranormal. Amityville é mais uma dessas séries que já ganhou mais de dez filmes e agora chega com mais um capítulo, Amityville: O Despertar.

Dirigido e escrito por Franck Khalfoun (Maníaco), a história se passa 40 anos após o massacre original e mostra uma família composta pela mãe (Jennifer Jason Leigh de Os Oito Odiados) e três filhos que se mudam para a famosa casa.

A personagem Belle (Bella Thorne de Boo! A Madea Halloween) é uma adolescente que só usa preto e tem seus problemas tanto em casa quanto na escola, o velho clichê do terror adolescente. Bella Thorne acaba chamando mais a atenção por seu corpo do que por sua atuação – numa cena em que alguns deverão achar gratuita, mas nada de novo vindo do diretor que já abusou de um decote em P2 – Sem Saída ou de garotas desnudas em Maníaco. Nem mesmo a talentosa Jennifer Jason Leigh está em seus melhores dias e faz uma mãe completamente caricata e de atitudes previsíveis que ela não consegue disfarçar.

O grande desafio de Khalfoun seria o de contar uma história já tão batida sem se tornar repetitivo. E é uma pena ver que o filme peca por não conseguir fugir de tudo o que já havia sido mostrado nos filmes anteriores da saga e até mesmo em outros do gênero (cachorro que rosna a esmo, irmão enfermo em uma cama, criança pequena, mãe autoritária, garota que sofre bullying na escola, etc), além disso abusa das soluções fáceis e de personagens que aparecem com explicações forçadas. Mesmo envolto de tantos clichês, o roteiro de Khalfoun ainda tem seus lampejos de originalidade, trazendo um ar mais sério à história e fazendo referência aos filmes mais antigos da franquia.

O filme tem pouquíssimos momentos de piadas e evita ao máximo partir para o lado cômico que muitos filmes de terror atuais costumam seguir, é um trunfo de Khalfoun, que consegue se manter digno em sua proposta.
Ao final fica a sensação de que, com umas aparas no roteiro, o trabalho final seria melhor. Não chega a ser uma bomba ou um desastre, porém havia potencial para trazer um fôlego a essa franquia que já foi revisitada tantas e tantas vezes.

Cabe ao tempo dizer se ela se manterá viva ou não.

 

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