Review | Ao Cair da Noite

A produtora A24 parece dar novo fôlego ao terror, depois do cultuado A Bruxa é a vez de lançarem Ao Cair da Noite, porém este é o tipo de filme que irá encantar aos fãs de terror psicológico, mas enfurecer os acostumados a sustos e tramas fáceis que esperam algo do tipo nele.

A experiência que o diretor Trey Edward Shults (Krisha) nos proporciona vai muito além de cenas chocantes, aqui a subjetividade ganha força enquanto os personagens vivenciam momentos extremamente tensos de quem se vê forçado a enfrentar um inimigo invisível e se aliar a desconhecidos nos quais não consegue confiar.

Na história, um casal (Joel Edgerton de O Presente e Carmen Ejogo de Uma Noite de Crime: Anarquia) e seu filho vivem isolados em uma casa enquanto algo lá fora ameaça o convívio da família.

Shults não se preocupa em nos explicar abertamente o que acontece ou o porquê daquilo tudo, porém o filme não é vago, existe algo a ser discutido ali e, por isso, é imprescindível que o espectador esteja atento e conecte-se com a paranoia dos personagens.

É interessante notar que quanto menos souber sobre a história, melhor a experiência será, pois tudo o que é mostrado, apesar de parecer nos confundir, serve como importante elemento para entendermos as ações de cada personagem.

Infelizmente, um filme para poucos, devido à sua parte técnica e artística que transbordam e ao seu final anti-clímax.

Existe também o problema do marketing do filme (ou, como dito acima, dos espectadores que esperam sustos do filme), é um terror muito subjetivo e, da mesma forma que Shults discutia uma relação familiar em Krisha, seu filme de estreia, aqui ele parte do mesmo princípio, só que de uma maneira muito mais assustadora.

Sem dúvida, um dos grandes filmes do gênero que surgiu nos últimos anos.

 

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