Para os fãs que aguardam ansiosamente a segunda temporada de The Witcher – uma das melhores coisas da Netflix nos últimos anos – , a chegada do longa de animação The Witcher: A Lenda do Lobo é muito mais que um mero consolo. Tem a assinatura do Estúdio Mir, o mesmo de A Lenda de Korra e de diversos desenhos animados da DC, incluindo A Morte do Superman, e é muito bom.
Trata-se de um prequel contando a história de Vesemir (dublado originalmente por Theo James, que também empresta a voz num flash back do último episódio da série live action), mentor de Geralt de Rivia, o herói da saga principal.
E não pense que por ser uma animação que vão pegar leve: o pau come de cara, com direito a sangue e mutilações na apresentação do protagonista. O filme usa no inicío o recurso de ir e vir no tempo, parecido com a série original, mas felizmente isso não dura muito, apenas para conhecermos a origem de Vesemir, um garoto servo que sonha em deixar sua vida miserável e buscar fortuna mundo afora. A oportunidade acontece quando o witcher Deglan cruza o seu caminho. Mas para se tornar um caçador de monstros, ele terá que abandonar sua amiga a paixão, Ilyana.
Na verdade, há diversos clichês e chavões no roteiro, mas eles são colocados de forma tão bem feita que é inevitável nos importamos com os personagens, e aí a história nos ganha. Vesemir tem sua própria jornada do herói, e cria com a feiticeira Tetra uma interessante tensão sexual, que remete de certa forma a que há entre Geralt e Yennifer. E a história ainda nos ajuda a relembrar a mitologia criada por Andrzej Sapkowiski, que muita gente deve estar cansada de conhecer dos games, mas muitos, como eu, só viu a temporada inicial da Netflix.
Não é necessário ter visto a série com Henry Cavill para entender ou gostar. Mas certamente ajuda na espera dos iniciados para a segunda temporada.
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