Depois de levar para casa o Grande Otelo de Melhor Longa-Metragem Documentário, 3 Obás de Xangô ganha trailer oficial narrado por Lázaro Ramos. Com roteiro e direção de Sérgio Machado (Arca de Noé, Maria e o Cangaço), o filme mergulha na amizade entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé.
Os três artistas se tornaram grandes parceiros e dividiram a paixão pela Bahia, além de uma forte conexão com o candomblé. O longa é uma coprodução entre a Coqueirão, Janela do Mundo, Globo Filmes e GloboNews, e contou com o patrocínio da Global Participações em Energia.
A distribuição é feita pela Gullane+, que confirma a chegada aos cinemas brasileiros no dia 4 de setembro.
Confira a prévia abaixo:
Na última quarta-feira, 30 de julho, o diretor Sérgio Machado esteve presente para receber o quarto troféu do filme no Prêmio Grande Otelo, onde também subiu ao palco pelo longa vencedor de Melhor Animação, Arca de Noé.
Em 2024, 3 Obás de Xangô foi eleito melhor filme pelo Júri Popular na Mostra de Cinema de Tiradentes, além de ganhar o Redentor de Melhor Documentário no Festival do Rio e o Prêmio do Público de Melhor Documentário Brasileiro na Mostra de São Paulo.
Trajetória
“3 Obás de Xangô tem tido uma trajetória bonita, ganhado prêmios importantes e tocado de maneira profunda o público em todas as sessões. Acho que isso se deve ao filme tratar de afetos, de amizades desinteressadas e irrestritas, sentimentos que andam em falta nos dias de hoje. É um filme muito pessoal, que espelha a minha admiração por esses três grandes homens, meu amor pela Bahia e meu respeito pelo Candomblé”, conta o diretor.
O documentário gira em torno da amizade incondicional de Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, artistas que foram os maiores responsáveis pela criação de um imaginário de baianidade que persiste até os dias de hoje.
Os três defendiam que a força de suas obras residia em documentar o que viam nas ruas: a resiliência do povo do candomblé, o poder das mulheres, a onipresença do mar.
Os livros de Jorge, as canções de Caymmi e as pinturas e esculturas de Carybé consolidaram ‘um modo de estar no mundo’ dos baianos e influenciaram as gerações de artistas que vieram a partir deles.

O título honorífico de Obá de Xangô foi criado em 1936 por Mãe Aninha, a fundadora do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá (Casa da Força Sustentada por Xangô), em Salvador.
O “cargo” é concedido aos chamados protetores do templo. Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé foram elevados a esse título por Mãe Senhora, terceira Iyalorixá (mãe de santo, na língua iorubá) do terreiro.
Para os três amigos, a arte funcionava como meio de expressão da espiritualidade, que se aflorava através da imersão na cultura da Bahia.
