Cineclube Indaiatuba exibe Jogo do Poder, de Costa-Gavras

Jogo do Poder, uma coprodução entre Grécia e França com direção de Costa-Gavras, é o cartaz do Cineclube Indaiatuba hoje, 28, às 19h30 no Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá Indaiatuba. No sábado haverá reprise no mesmo local em horário ainda não definido.

O filme é um relato transparente sobre a agenda oculta da Europa que expõe o que realmente acontece em seus corredores de poder. Revelando as razões para a crise na Grécia ter acontecido, foi travada uma das mais espetaculares e controversas batalhas na história política.

Mas a verdadeira história do que aconteceu é quase inteiramente desconhecida, principalmente porque grande parte dos verdadeiros negócios da União Europeia ocorre a portas fechadas. O filme é baseado no livro Adultos na Sala: Minha Batalha Contra o Establishment, escrito pelo próprio ex-ministro de finanças Yanis Varoufakisb, que tentou negociar a impagável dívida grega.

É o primeiro filme de Costa Gavras ambientado em seu país natal desde Z (1969), que o lançou no mercado internacional. Desde então, ele construiu uma filmografia marcada pela política. Z contava os acontecimentos que antecederam o golpe de Estado na Grécia, que levou ao poder uma junta militar.

Seu trabalho seguinte, A Confissão (1970), se passa na Tchecoslováquia socialista e relata torturas psicológicas do regime contra o indivíduo (e usadas até hoje): Estado de Sítio (1972) irritou particularmente a ditadura brasileira, já que o protagonista era inspirado no agente da CIA Dan Mitrione (que ganhou até uma rua com seu nome no Rio de Janeiro), que ensinou técnicas de interrogatório aqui e no Uruguai (onde se passa a ação); Desparecido: Um Grande Mistério (1982) marcou o auge de sua carreira, com o Oscar de Roteiro Adaptado, contando a história de um empresário americano e sua nora que vão ao Chile em busca do filho /marido desparecido durante o golpe contra Salvados Allende.

Ele prossegue abordando temas sensíveis ao redor do mundo, como o conflito entre e e palestinos em Hanna K. (1983); os grupos supremacistas do Meio-Oeste americano em Atraiçoados (1988); e os criminosos da Segunda Guerra que escaparam de Nuremberg em Muito mais que um Crime (1988). Em O Quarto Poder (1997), seu alvo é a imprensa, numa espécie de releitura de A Montanha dos Sete Abutres; e em Amém (2002) ele investiga a omissão da Igreja Católica no Holocausto e subsequente ajuda na fuga de nazistas para a América do Sul.