Dois novos filmes chegam aos cinemas de Indaiatuba esta semana: Escape Room 2: Tensão Máxima e Mate ou Morra. No sábado, às 14h20, no Topázio do Shopping Jaraguá, haverá a reprise de Ema, apresentado no Cineclube Indaiatuba na última terça.
Em Escape Room 2, seis pessoas sem saber se encontram fechadas em outra série de salas de fuga, descobrindo o que têm em comum para sobreviver. Unindo forças com dois dos sobreviventes originais, eles logo descobrem que já haviam jogado o jogo antes. A direção é do mesmo Adam Robitel que assinou o original de 2019 e o elenco traz Taylor Russell (Perdidos no Espaço), Logan Miller (Com Amor, Simon) e Deborah Ann Voll (a Karen Paige de Demolidor).
Mate ou Morra conta a história de Roy Pulver (Frank Grillo, de Capitão América 2: O Soldado Invernal), um oficial da polícia aposentado que inexplicavelmente fica preso no tempo e é obrigado a vivenciar repetidamente o dia de sua morte. Enquanto tenta evitar ser morto, ele percebe que existe uma razão maior para que tudo isso aconteça. Ou seja, um Feitiço do Tempo com tiros e porrada. A direção é de Joe Carnahan, do fracassado Esquadrão Classe A, e o filme tem como coadjuvantes de luxo, Mel Gibson e Naomi Watts.
Ema
Ema, de Pablo Larraín conta história da jovem bailarina Ema (Mariana Di Girólamo, uma força da natureza), casada com um coreógrafo mais velho, Gaston (Gael Garcia Bernal, de Diários da Motocicleta). Por ele ser estéril, eles adotam um garoto colombiano pré-adolescente, Polo. Ele acaba causando um acidente que queima o rosto da irmã de Ema. O filme começa depois que o casal devolve Polo à adoção, e Ema, arrependida, tenta de tudo para localizá-lo, ao mesmo tempo em que passa a ser hostilizada na escola em que trabalha por ter abandonado o garoto. Também seu casamento desmorona em acusações mútuas e acaba provocando sua da companhia dirigida por Gaston. Seu único ponto de apoio são suas amigas que dançam regaton, um equivalente ao funk carioca lá, que vão ajudá-la a executar um plano para recuperar Polo.
O filme discorre num plano quase mítico, com Ema assumindo o arquétipo de anima (figura feminina da destruição, segundo Jung), quase como uma versão feminina de Terence Stamp em Teorema, e suas amigas, cuja liderança ela toma, viram praticamente uma versão moderna das bacantes. O roteiro também aborda o elitismo cultural em relação às manifestações populares, especialmente quando tenta adequá-las ao bom gosto vigente. Mas o principal alvo é a instituição familiar e seu anacronismo, em tempos em que os papéis tradicionais andam tão questionados.
Não é para todo mundo – na sessão do Cineclube, várias pessoas saíram no meio – mas é um trabalho instigante e bem diferente do que eu já havia visto de Larraín.
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