Da Riviera Francesa para as salas de cinemas de todo o Brasil: a 16ª edição do Festival de Cinema Francês do Brasil (antigo Varilux), que ocorre de 27 de novembro a 10 de dezembro em cinemas de todo o país, apresenta seis longas-metragens exibidos no Festival de Cannes em maio último, sendo cinco deles inéditos em solo brasileiro.
Os cinemas participantes do festival serão confirmados em breve, entre eles o Topázio Cinemas de Indaiatuba (SP), que recebeu o evento nos últimos anos.
Entre os destaques estão O Segredo da Chef (Partir un jour), de Amélie Bonnin, longa que abriu o evento, e Jovens Mães (Jeunes Mères), de Jean-Pierre e Luc Dardenne, que conquistou o prêmio de Melhor Roteiro.
Distribuído pela Synapse Distribution, o inédito O Segredo da Chef acompanha a história de Cécile, uma chef em ascensão que está prestes a abrir seu restaurante em Paris, mas precisa retornar à vila onde nasceu por conta de uma emergência familiar.
Escrito por Dimitri Lucas e Amélie Bonnin, que também assina a direção, o filme é estrelado por Juliette Armanet, François Rollin e por Bastien Bouillon, ator vencedor do César de Melhor Revelação em 2023 e que integra a delegação artística do festival este ano.

Novo filme dos irmãos Dardenne, Jovens Mães (Jeunes Mères), da Vitrine Filmes, aborda o desafiador cotidiano de cinco adolescentes e seus filhos pequenos em um abrigo.
Estrelada por Babette Verbeek, Elsa Houben e Janaïna Halloy Fokan, a produção acompanha a luta das jovens em busca de uma vida melhor para si mesmas e seus filhos, enquanto lidam com questões como conflitos financeiros e familiares. O roteiro do longa, premiado em Cannes, é também assinado pelos irmãos belgas.
Apresentado fora de competição, o drama inédito 13 Dias, 13 Noites (13 jours, 13 nuits), da California Filmes, é ambientado em Cabul, no Afeganistão, em agosto de 2021, e inspirado em uma história real.
Enquanto as tropas americanas se retiram, os Talibãs tomam a capital e milhares de afegãos buscam refúgio na Embaixada da França, protegida pelo comandante Mohamed Bida e seus homens. Cercado, ele negocia com os Talibãs para organizar, com a ajuda de Eva, uma humanitária franco-afegã, um último comboio em direção ao aeroporto.
Dirigido por Martin Bourboulon, a produção é estrelada por Roschdy Zem, Lyna Khoudri e Sidse Babett Knudsen.

Exibido também fora de competição, A Mulher Mais Rica do Mundo (La Femme la plus Riche du Monde), de Thierry Kliffa, tem como protagonista a premiada atriz francesa Isabelle Huppert, que estará no Brasil para divulgação do filme durante o festival.
Inédita no Brasil, com distribuição da Synapse Distribution, a produção é inspirada na história real da herdeira de uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, em uma trama sobre ambição, doações astronômicas e segredos familiares. Laurent Lafitte, Marina Foïs e Raphaël Personnaz completam o elenco.
Homenageado do 16º Festival de Cinema Francês do Brasil, o ícone da comédia francesa Pierre Richard dirige e estrela o também inédito Sonho, Logo Existo (L’homme qui a Vu L’ours qui a Vu L’homme), seu retorno à direção após quase 30 anos.
Exibida em sessão especial no Festival de Cannes deste ano, onde o artista também foi celebrado, a produção, distribuída pela Bonfilm, acompanha a história de dois homens de diferentes gerações que criam um vínculo improvável enquanto protegem um urso de circo fugitivo no interior da França.
Aos 91 anos e com mais de 100 filmes no currículo, Pierre também estará por aqui para divulgar seu longa. Ele desembarca em São Paulo no dia 30 de novembro ao lado da mulher, a modelo brasileira Ceyla Lacerda, com quem é casado há quase três décadas, e também visita o Rio. Uma mostra com cinco longas fará uma retrospectiva de sua carreira.
A programação conta ainda com Eu, Que Te Amei (Moi qui t’aimais), parte da seleção Cannes Classics. Distribuído pela Autoral, a produção inédita no Brasil, dirigida por Diane Kurys, acompanha a atribulada história do icônico casal do cinema francês Yves Montand (Roschdy Zem) e Simone Signoret (Marina Foïs).
Assombrada pelo caso de seu marido com a atriz Marilyn Monroe e ferida por todos os que vieram depois, Signoret sempre recusou o papel de vítima: o que eles sabiam é que nunca se separariam.



