Novocaine – com review – e ação com Jason Statham estreiam

Novocaíne – Á Prova de Dor, com Jack Quaid; Resgate Implacável, com Jason Statham; e a comédia dramática Câncer com Ascendente em Virgem são as novidades da semana nos cinemas de Indaiatuba. Na próxima terça, o Cine Cult traz o documentário indicado ao Oscar, Trilha Sonora para um Golpe de Estado.

Review

Novocaina – À Prova de Dor, foi a primeira atração do ano do Cine VIP do Polo Shopping, no dia 19, e estivemos lá. Portanto, segue um raro review antes da estreia oficial. Jack Quaid é o protagonista Nathan Caine, que por conta de sua rara doença genética que faz com que não sinta dor, foi apelidado na escola de NovoCaine, trocadilho com o conhecido analgésico. Gerente-assistente de um banco, ele vive uma vida regrada para evitar acidentes como morder a língua sem perceber ao comer algo sólido. Tímido, Nathan tem um crush no trabalho, a novata Sherry (Amber Midthunder), que para sua surpresa, o convida para sair.

Na manhã seguinte, ao date dos sonhos dele, acontece um assalto ao banco em que Sherry é feita refém e levada pela quadrilha, e sem pensar muito, nosso herói sai em seu resgate. Se existe uma categoria para este filme, seria comédia gore, que é um termo usado para obras sangrentas ao extremo. Pessoas com alguns gatilhos podem passar mal, mesmo no contexto de humor, mas a trama em si é previsível e boba. Jack Quaid está em sua caracterização recorrente de um cara legal, mas mané, que acaba entrando num tsunami de violência por causa de uma mulher. É assim em The Boys e no recente Acompanhante Perfeita (mesmo que ele não seja tão inocente assim). Uma pena que a ótima Amber Midthunder, de Predador – A Caçada, fique restrita ao papel de garota em perigo. A única boa surpresa é Jacob Batalon, o sidekick do Homem-Aranha, no papel de… bom, sidekick. A direção é da dupla Dan Beck e Robert Olsen, de Vilôes.

Outras estreias

Em Resgate Implacável, Levon Cade (Jason Statham) é um ex-agente de operações secretas que abandonou sua perigosa profissão para viver de forma simples e trabalhar na construção civil, dedicando-se integralmente à criação de sua filha. No entanto, sua nova vida é abalada quando Jenny, a filha adolescente de seu chefe, desaparece misteriosamente. Relutante, Levon é forçado a resgatar as habilidades que o tornaram lendário no submundo das missões secretas. Ao investigar o desaparecimento da jovem universitária, ele se depara com uma conspiração criminosa sinistra, que se estende além do que ele imaginava. Em meio a uma teia de intrigas e violência, Levon precisa confrontar seu passado para proteger os inocentes, enquanto lida com os riscos que essa missão traz para a nova vida que leva e sua própria filha. A direção é de David Ayer, do primeiro Esquadrão Suicida, e o elenco tem ainda Jason Fleming, de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.

Câncer com Ascendente em Virgem é uma comédia dramática dirigida por Rosane Svartman (Pluft, Tainá: A Origem) com base na história real de Clélia Bessa, produtora do longa, que lutou contra um câncer de mama. Na produção, Clara (Suzana Pires) é professora de matemática e influencer educacional, e gosta sempre de ter tudo sob o mais absoluto controle – porém, ao receber o diagnóstico de câncer de de mama, ela deverá aceitar que a vida nem sempre sai conforme planejado.

Cine Cult

Música e política se misturam nesse documentário sobre o processo de descolonização do Congo. Trilha Sonora para um Golpe de Estado , indicado ao Oscar de Longa de Documentário, reconstitui os últimos meses antes de Patrice Lumumba, primeiro presidente eleito democraticamente do Congo, ser assassinado em 1961. Em protesto, os músicos Abbey Lincoln e Max Roach invadem o Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo, Louis Armstrong é enviado para o país como uma cortina de fumaça dos planos norte-americanos de depor Patrice. É a partir desse episódio, um bom representante das conexões entre imperialismo, capitalismo e jazz, que o diretor Johan Grimonprez traz o panorama das artimanhas políticas que incendiaram o contexto internacional da época. Marcado pela Guerra Fria, pelo movimento de independência pan-africanista, pelas mudanças no quadro de poder das Nações Unidas e pelas lutas por direitos civis nos EUA, o século XX e suas revoluções são o mote para um documentário ávido em entender os dilemas de uma história em disputa.Aparecem no filme, além dos citados, um dream team do jazz: Miles Davis, Dizzy Gillespie, John Coltrane, Ella Fitzgerald, Nina Simone e Duke Ellington.