Review | A Sereia – Lago dos Mortos

Nos últimos anos, algumas produções russas de baixo orçamento conquistaram espaço no circuito brasileiro mas, sinceramente, não dá para entender como isso aconteceu. Enquanto somos agraciados com ótimos filmes como Sem Amor e Leviatã, de Andrêi Zviáguintsev, também somos “vítimas” de produções sob a batuta de Hollywood, que tem apostado em nomes como Sarik Andreasian (O Último Golpe) e Timur Bekmambetov (responsável pelo remake de Ben-Hur e Abraham Lincoln: o Caçador de Vampiros).

Provavelmente, o diretor Svyatoslav Podgaevskiy é mais um nome que almeja chegar a Hollywood – e não há nada de errado nisso. Porém, após A Noiva (2017), ele chega com A Sereia – Lago dos Mortos, mais um produção que não comprova seu talento e mantém seu nome como uma incógnita – caso consiga ficar à frente de produções com maior investimento.

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Falta história

Se o problema fosse só a falta de dinheiro, estaria ótimo. A Sereia – Lago dos Mortos chega com cópias dubladas em inglês – o que dá um aspecto tosco ao longa – e tem uma história tão fraca que, por diversas vezes, torna-se refém de diversos clichês do gênero. O melhor do filme acontece logo nos primeiros dez minutos, quando somos apresentados à lenda da sereia – a clássica: se apaixona, vira pedra e vai pro fundo do lago. Conhecemos também a primeira vítima, que serve como gatilho para que tenhamos noção das intenções dos personagens que iremos acompanhar durante toda a história.

Marina (Victoria Agalakova) é uma jovem que não sabe nadar e conta com a ajuda do noivo Roman (Efim Petrunin) para aprender. Em sua despedida de solteiro, em uma casa às margens de um lago, Roman acaba se encantando pela sereia. Caberá a Marina enfrentar o medo da água para salvar seu amor.

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O que vemos a seguir será uma sucessão de jumpscares desnecessários, correria, gritaria e soluções fracas e básicas que fazem de A Sereia – Lago dos Mortos uma experiência que só deve ser aproveitada caso seja vista com uma galera que não quer nada além de tomar sustos gratuitos e dar risadas das bobagens vistas em tela. Pelo menos, o filme tecnicamente bonito e o uso das cores e a fotografia ajudam. Mas o roteiro genérico e as atuações não podem ser avaliadas por completo, graças à dublagem em inglês. Somando tudo isso, chegamos a mais uma fraca produção vinda da Rússia.

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Angelo Cordeiro

Paulistano do bairro de Interlagos e fanático por Fórmula 1. Cinéfilo com obsessão por listas e tops, já viram Alta Fidelidade? Exatamente, estilo Rob Gordon. Tem três cães: Johnny, Dee Dee e Joey, qualquer semelhança com os Ramones não é mera coincidência, afinal é amante do bom e velho rock'n'roll. Adora viajar, mas nunca viaja. Adora futebol, mas não joga. Adora Scarlett Johansson, mas ainda não se conhecem. Ainda.

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