Grande parte dos espectadores que irão ao cinema assistir a Capitã Marvel serão movidos por um questionamento em especial: quem é essa super-heroína tida como uma das principais armas para derrotar Thanos? Do que ela é capaz?
No longa, iremos conhecer a história da ex-piloto da aeronáutica, Carol Danvers (Brie Larson de O Quarto de Jack), e descobrir como ela se tornou a híbrida que viria a ser a Capitã Marvel. Numa época onde o primeiro vingador ainda estava congelado, Danvers chega à Terra dos anos 90 e questiona seu passado, enquanto se vê numa batalha entre duas raças alienígenas: os Kree e os Skrull.
Especulando…
Será que o filme da dupla Ryan Fleck e Anna Boden (Se Enlouquecer, Não se Apaixone) cumpre com sua missão de nos apresentar Carol Danvers e preparar terreno para o fim da fase três do MCU (Universo Cinematográfico Marvel), com o vindouro Vingadores: Ultimato, enquanto coloca um pé no futuro da maior franquia em bilheteria do cinema?
Com as possíveis saídas do Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e do Capitão América (Chris Evans), após Vingadores: Ultimato, imagino que caberá à Capitã Marvel de Brie Larson assumir a liderança dos Vingadores remanescentes ao lado de um provável Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch). Resta saber se ambos terão sintonia suficiente para segurar mais dez anos de MCU, mas claro, isso não passa de uma teoria especulativa desse que vos escreve.
Teorias à parte, a personagem é apresentada sem muito carisma, Brie Larson não é uma atriz que tem uma carreira baseada em personagens sorridentes, sua postura é mais sisuda, ela até tenta uma piadinha ou outra e esboça alguns sorrisos de canto de boca, mas essas não são características que se sobressaem à sua postura séria, principalmente quando em combate, como podemos ver na cena do trailer onde Samuel L. Jackson brinca com o gato Goose e ela lhe chama a atenção.
Capitã Marvel é uma história de origem que cumpre seu objetivo de apresentar a personagem, mas não vai muito além disso, três dos principais pontos que poderiam deixa-lo acima da média – protagonismo, ação e visual – não têm força para sustenta-lo sozinho e juntos fazem da aventura da Capitã um longa abaixo do padrão Marvel e um dos filmes de origem menos empolgantes do MCU.
O primeiro ato é cansativo, tanto narrativa quanto visualmente, tudo é muito escuro e a missão na qual acompanhamos os Kree pouco empolga. É quando a heroína chega na Terra que a coisa melhora, graças à presença de um jovem Nick Fury (L. Jackson) – num ótimo trabalho de CGI que rejuvenesce o ator setentão – se não fosse por ele, e também pelo personagem de Ben Mendelsohn (Jogador Nº 1), que roubam a cena junto do gatinho Goose, o filme seria uma experiência sofrível.
Além da falta de carisma e de presença de tela de Brie Larson, é de se espantar que o mesmo responsável pela fotografia de Doutor Estranho não consiga dar uma identidade visual ao longa da Capitã. A trilha sonora é mais bem sucedida nesse quesito, nota-se algumas notas de ópera espacial que emulam Star Wars o que, apesar da pouca originalidade, funciona e conduz bem as cenas de batalha, é pena que um capricho nas sequências de ação fazem falta, são todas muito rápidas e difíceis de se acompanhar.
Outro problema é a falta de um vilão marcante, enquanto em Pantera Negra tivemos um histórico Killmonger (Michael B. Jordan) e em Capitão América: O Primeiro Vingador tivemos o ameaçador Caveira Vermelha (Hugo Weaving) – até o meia boca Thor nos deu Loki (Tom Hiddleston), aqui falta esse antagonista, na verdade, são tantos agentes do mal, e todos tão desinteressantes, que é chegada uma hora que nos perguntamos, afinal, contra quem a Capitã está lutando?
Seu maior desafio acaba sendo conhecer a si mesma e ter a autonomia de seus poderes, ainda assim, o longa apresenta uma das heroínas mais importantes do futuro do MCU de maneira morna sem deixar muito claro do que ela é capaz.
Com duas cenas pós-créditos já aguardadas pelos fãs da Marvel, acaba que é muito mais legal saber como Nick Fury perdeu o olho e de que modo os eventos de Capitã Marvel o levaram a criar certa iniciativa…
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