Review | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

A grande estreia nos cinemas do mundo inteiro é Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, nova produção do Universo Cinematográfico Marvel. O segundo filme do mago mais poderoso da Terra é o primeiro a dar sequência a um seriado da Marvel, novidade apresentada pós Vingadores: Ultimato.

Os eventos acontecem logo após Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e WandaVision. Quem não viu o seriado do Disney + e se lembra de Wanda Maximoff só da luta final contra Thanos, corre o risco de ficar perdido no rolê.

Também é altamente recomendado assistir o episódio 1 e, principalmente, o episódio 4 de What If…? Ah, e são duas cenas pós-créditos como habitual, a primeira, muito instigante, com a participação de uma atriz ganhadora do Oscar; e a segunda, uma piada.

Em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, o MCU desbloqueia o Multiverso e expande seus limites mais do que nunca. Viaje para o desconhecido juntamente com o Doutor Estranho que, com a ajuda de aliados místicos antigos e novos, atravessa as alucinantes e perigosas realidades alternativas do Multiverso para enfrentar um novo e misterioso adversário.

Dito isso, vamos às considerações cinematográficas de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. A volta de Sam Raimi ao universo dos super-heróis é altamente bem-vinda. Para quem não sabe, ele assinou os três Homem-Aranha com Tobey Maguire e é curioso que esse retorno se dê logo após a participação de sua versão do amigo da vizinhança em Sem Volta para Casa.

Lançado à fama com a franquia Evil Dead, Raimi inclui neste trabalho toques de terror, mortos-vivos, um livro amaldiçoado e, é claro, Bruce Campbell, seu amigo e ator fetiche.

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa foi um festival de easter eggs cinematográficos, mas aqui, a chuva de citações vem dos quadrinhos. A aparição dos Iluminatti – uma “diretoria” dos mais poderosos e influentes heróis da Marvel que está por trás de eventos importantes – já havia vazado e sugerida no próprio trailer. Ainda assim, pelo menos dois de seus integrantes são uma completa surpresa.

Como obra autônoma, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura se desenrola bem, tem um desfecho satisfatório e abre possibilidades interessantes para o ex-Mago Supremo, especialmente graças à já citada cena pós-créditos.

Para o Universo Cinematográfico Marvel, abre uma brecha importante para a introdução dos mutantes e do Quarteto Fantástico, ainda que apenas sugerida. Kevin Feige não tem pressa, mas suspeito que Thor: Amor e Trovão e Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania darão prosseguimento à essa exploração do Multiverso, até que cheguemos à realidade habitada pelos X-Men, Reed Richards, Ben Grimm, Susie e Johnny Storm e, de alguma forma, eles passem para o universo dos Vingadores. A palavra é incursão.

Marcos Kimura http://www.nerdinterior.com.br

Marcos Kimura é jornalista cultural há 25 anos, mas aficionado de filmes e quadrinhos há muito mais tempo. Foi programador do Cineclube Oscarito, em São Paulo, e técnico de Cinema e Histórias em Quadrinhos na Oficina Cultural Oswald de Andrade, da Secretaria de Estado da Cultura.

Programa o Cineclube Indaiatuba, que funciona no Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá duas vezes por mês.

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