Pantera Negra: Wakanda para Sempre segue dominando as vendas na Ingresso.com desde que estreou, em 10 de novembro. Entre os dias 24 e 27 desse mês, o filme foi responsável por 56% de todos os tickets comercializados dentro da plataforma.
Em segundo, ficou a pré-venda para assistir à versão remasterizada de Harry Potter e a Câmara Secreta, que foi exibida em diversas salas no Brasil somente no último sábado, dia 26, em alusão aos 20 anos de lançamento do icônico filme.
A terceira posição ficou com a animação estreante Mundo Estranho. Adão Negro e o romance nacional Nada É por Acaso completam, respectivamente, o ranking dos cinco títulos mais vendidos ao longo do fim de semana.
Sem protagonista, filme dividiu crítica (com SPOILERS)
A morte precoce e inesperada de Chadwick Boseman, intérprete de T’Challa, o Pantera Negra, fez com que a Marvel mudasse o planejamento inicial. O diretor Ryan Coogler descartou substituir o ator e fez com que o personagem também morresse, fazendo com que este segundo filme virasse um grande tributo a Boseman e seu icônico Rei de Wakanda.
Se por um lado a homenagem foi emocionante, o show, por outro lado, tem que continuar. A nação africana supertecnológica tinha que prosseguir sua história dentro do Universo Cinematográfico Marvel (UCM) e novos elementos precisavam ser introduzidos, especialmente Namor (Tenoch Huerta) e sua cidade submarina de Talokan – uma engenhosa alternativa à Atlantis das HQs (para se diferenciar do Aquaman de Jason Momoa), criando uma referência aos povos da Mesoamérica pré-colombianos.
Com um antagonista de pedigree (O Submarino foi o primeiro personagem da Marvel/Timely), carismático e uma motivação tão poderosa quanto à de Killmonger (Michal B. Jordan), faltava um herói para enfrentá-lo. A sucessora natural seria Shuri, mas sua intérprete, Letitia Whright, criou um problema de RP ao se posicionar antivacina no auge da pandemia. Felizmente, ela se redimiu depois de correr o risco de ser substituída, mas sua imagem ficou abalada.
Assim, durante boa parte do filme quem comanda Wakanda é a rainha-mãe Ramonda, com a veterana Angela Basset dando um show de majestade.
Quando finalmente Shuri assume o traje de Pantera Negra, ela ainda tem que decidir qual sua motivação, e no confronto final contra Namor (que tem uma falha de roteiro inacreditável), ela faz sua escolha.
Obviamente, numa produção com tantos problemas, os gaps são inevitáveis. A importante Riri Williams (Dominique Thorne), a Coração de Ferro – que vai ganhar série própria – é pouco mais que um alívio cômico na trama.
O crush que surge entre Shuri e Namor não é desenvolvido (e olha que o filme é longo para burro), e faria sentido, já que o Submarino das HQs sofre de donjuanismo crônico. E, principalmente, a cena pós-crédito com Nakia (Lupita Nyong’o) poderia ter mais lógica.
Como filme autônomo, é lógico que esta sequência não tinha como se manter à altura do original. Mas como parte do UCM, ofereceu soluções inteligentes e conseguiu prosseguir as narrativas de Wakanda e seu povo e introduzir novos personagens.
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