4 out 2025, sáb

Longlegs: Vínculo Mortal (mais um subtítulo nacional idiota), lançado no ano passado, chegou agora ao Prime Video. Com orçamento de 10 milhões de dólares, o filme arrecadou quase 128 milhões em todo o mundo, tornando-se a maior bilheteria para uma produção independente no ano passado. O diretor Osgood Perkins é filho de Anthony Perkins, o Norman Bates de Psicose, e tem se dedicado aos filmes de terror. No elenco estão, Maika Monroe, de Independence Day – O Ressurgimento; Blair Underwood, de Impacto Profundo; Alicia Witt, escalada pelo diretor por sua participação no Twin Peaks de 2017 e uma ponta de Kiernan Shipka, de O Mundo Sombrio de Sabrina e parceira de Perikns em A Enviada do Mal, de 2015.

Escrito pelo próprio cineasta, o roteiro conta a história da agente novata do FBI Lee Harker (Maika Monroe), que ao ser designada para uma busca porta a porta por um criminoso, do nada adivinha onde ele se esconde. Depois de fazer um teste de paranormalidade, Harker acaba num caso misterioso de um serial killer que mata famílias, deixa cartas cifradas, assinadas Longlegs, mas nenhuma evidência física de sua presença na cena do crime.

Perkins se destaca da produção habitual do gênero, com enquadramentos e fotografia criativos, e extrai atuações contidas do elenco, longe do histrionismo habitual. Mais do que Hitchcock, que fez de seu pai um ícone cultural, seu cinema tem mais Roman Polanski. É um filme de época, inclusive, passado nos anos 90, com os flashbacks ambientados na década de 1970 (que aliás, tem enquadramento imitando a banda de super 8!).

Apesar de seus predicados, a arma secreta para Longlegs bombar é a escalação de Nicholas Cage no papel-título. Com uma maquiagem que o deixa irreconhecível, ele dá uma outra dimensão para o assassino satanista, que em outro ator poderia ser simplesmente exagerado. Na cena em que ele finalmente se confronta com Lee, a atriz Maika Monroe ficou aterrorizada de verdade. É o filme com melhor bilheteria de Cage desde Motoqueiro Fantasma, de 2011. E olha que o homem trabalha pra dedéu.

Ok, o que inicialmente se constrói como uma investigação policial se revela uma conspiração satânica. E o final tem a abertura evidente para uma sequência. Mas ainda assim, é um terror criativo e interessante que merece ser conferido.

 

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