Review – ABZÛ

Este review de ABZÛ é uma colaboração dos parceiros da Gamers e Games.

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Para quem ainda não sabe, ABZÛ vem das mentes artísticas que criaram o lindo e diferente Flower e também o enigmático e magnífico Journey que, em parceria com os estúdio Giant Squid e 505 Games, trazem mais do que um simples jogo. Segundo os criadores, “AB” significa “água” e “ZÛ” significa “conhecer”, então ABZÛ se trata de “conhecer a água”, ou melhor o oceano, no caso desse jogo.

A história

Em ABZÛ controlamos um mergulhador que não sabemos quem realmente é, que acorda no meio do oceano. Sem saber o porquê estamos ali, o jogo nos leva à mergulhar e nadar apenas admirando a paisagem do fundo mar, aliás passaremos um bom tempo tentando entender do que se trata esse jogo, pois ele tem um ar de mistério, assim como em todos os jogos do estúdio.

Jogabilidade

Os controles em ABZÛ são bem simples, fáceis e muito precisos, usando o analógico esquerdo movemos o mergulhador, com o analógico direito controlamos a câmera. O botão R2 é usado para nadar pra frente e o botão X é usado para acelerar o nado.

Apertando o botão quadrado emitimos um scanner ou sonar, que é usado para libertar peixes que estão presos em poças que ficam no fundo do mar, além de ser o meio de comunicação entre o mergulhador e os mini submarinos ou mini câmeras que o acompanham ao longo do jogo.

Gráficos

ABZÛ não é um jogo com gráficos realistas, estão mais para um desenho, um desenho lindo! Para quem é fã de Journey como eu, é bem fácil se familiarizar com os cenários, com o trabalho de arte e a dedicação que foi colocada ali por seus criadores, a cada etapa o jogo fica mais bonito, mostrando detalhes de areia e algas que se soltam quando batemos os pés no fundo mar, a iluminação, a água, e principalmente os peixes são muito bem feitos, fazendo-nos acreditar que estamos num mundo oceânico cheio de vida.

Som

O ponto mais alto do jogo na minha opinião é o som. As músicas são maravilhosas, várias delas são calmas e nos trazem paz, a sensação de solidão e calma são inevitáveis enquanto levamos o mergulhador em busca do conhecimento, ainda mais quando encontramos as estátuas de meditação que nos levam a assistir os peixes nadando seguindo sua “rotina” no fundo do oceano, uns sendo caça e outros sendo o caçador, essa parte parece aquelas proteções de tela que vemos nos computadores, peixes nadando pra lá e pra cá.

Veredito

ABZÛ é um jogo bem diferente do que estamos acostumados, e pode não agradar à todos os públicos, mas com certeza merece a devida atenção. Não há um medidor de vida, não há um objetivo claro, há poucos itens para coletar, e cada pessoa pode interpretar os acontecimentos de formas diferentes.

O jogo pode ser considerado curto, em menos de três horas pode-se chegar ao final, mas se você quiser achar todas as conchas secretas e libertar todos os peixes, isso levará um pouco mais de tempo.

O ideal é jogar com muita calma, vendo cada detalhe, cada peixe, cada tipo de som e música que estão nele.

Pra mim ABZÛ pode ser considerado uma obra de arte, pois é feito para ser apreciado, sentido e vivido.

Pontos positivos

* Gráficos lindos principalmente após a fase 2
* Jogabilidade excelente
* Música MAGNÍFICA
* Divertido e misterioso

Pontos negativos

* Curto (em média 3 horas de jogo)
* Não é para todos os públicos

ABZÛ está disponível para PS4 e PC. Confira o gameplay do jogo no vídeo abaixo.

Rodrigo Gatti http://www.nerdinterior.com.br

Jornalista que não faz mais jornal. Nem é tão nerd, já que sabe até dançar. Lembra com avidez da época em que alugava De Volta para o Futuro nas famigeradas locadoras. Filho da era 16 bits, tem saudade do tempo em que sua maior preocupação era saber se o combustível do carro vermelho em Top Gear iria durar até o final da corrida. Hoje, seu maior problema é pagar contas com o salário de jornalista.

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