Review | Crash Bandicoot 4: It’s About Time

Crash Bandicoot 4: It’s About Time já está disponível, exclusivamente em formato digital no Brasil, para PlayStation 4 e Xbox One. O jogo da Activision Blizzard e Toys for Bob é a verdadeira continuação da trilogia original que conta com Crash Bandicoot (1996), Cortex Strike Back (1997) e Warped (1998), todos para o PlayStation original, relançados posteriormente no remaster N’Sane Trilogy em 2017 para PS4 e 2018 para PC, Nintendo Switch e Xbox One.

Os marsupiais favoritos do público voltam com muitos pulos e giros para resolver desafios de proporções cósmicas, descobrir novos mundos, formar alianças inesperadas, lutar contra grandes chefões e com novas e poderosas Máscaras Quânticas que devem ser unidas para restabelecer a ordem ao multiverso.

Voltando no tempo para o final de Crash Bandicoot: Warped, Crash Bandicoot 4: It’s About Time começa depois que Neo Cortex, Dr. N. Tropy e Uka Uka foram isolados em um planeta distante.

Depois de décadas de tentativas frustradas, o trio finalmente consegue escapar, fazendo um rombo no tempo-espaço no processo. Agora tudo que está entre eles e a total dominação do multiverso são dois peludos marsupiais da Ilha N’Sanity.

Diversão e Desafio

Jogamos as primeiras horas (e bota horas nisso, porque perdemos a noção de tempo) de Crash Bandicoot 4: It’s About Time e podemos resumir a experiência em duas palavras que marcam toda a franquia, desde a sua gênese: diversão e desafio.

Alguns pontos merecem destaque. Primeiro, é o fato do jogo ser uma continuação direta de Warped, o que nos ajuda a situar onde se encontram heróis e vilões. Vi muita gente dizendo por aí, mas não custa ressaltar: se puder revisitar os três primeiros títulos, terá uma experiência mais completa, digamos assim, quando o assunto é o universo de Crash Bandicoot.

Mas é claro que, caso não tenha jogado os três primeiros jogos, vai se divertir da mesma maneira e com algo a mais: a possibilidade de jogar com outros personagens, como Coco, Neo Cortex, Dingodile e Tawna – sendo esses três últimos os responsáveis por alguns dos momentos mais legais da jogatina.

As missões são repletas de desafios e quebra-cabeças e muitas vezes é frustrante perceber que, muito embora você pense ter feito o melhor, ficou longe de recolher tudo que precisa para liberar novas skins, por exemplo. Para tanto, recomenda-se voltar à fase por mais (algumas) vezes.

No entanto, neste caso a palavra frustrante serve como aditivo para aquele jogador que não dispensa desafios. E mais uma vez: como é divertido. Aliás, pensando nos mais diversos tipos de jogadores, a Activision e a Toys for Bob apresentam uma novidade logo na tela inicial.

Na primeira delas, não existe mais o temido Game Over. Como nos demais jogos, errou, morreu. Mas agora você volta para o último Ponto de Controle, mesmo que isso diminua a chance de conquistas maiores para seu personagem ao final da fase.

Retrô

Para aqueles que se ligam no desafio extremo e não sucumbem ao temor da tela de Game Over, a opção é o modo Retrô, onde você possui três vidas, única e exclusivamente, para terminar cada missão. Confesso que não sou desses: admiro o desafio, mas não dispenso a possibilidade de retornar ao Ponto de Controle sempre que vacilo.

Outra “novidade” é o modo Pass N’Play. Porque as aspas? Esse modo exclusivo nada mais é do que o antigo “perdeu, passa o controle”. Oras, quem com mais de 30 e tantos anos não se reuniu para jogar com os amigos nessas condições? Agora ele é oficializado e torna-se um atrativo a mais.

Destaque também para as quatro novas máscaras com poderes inéditos: Lani-Loli, Akano, Kupuna-wa e Ika-Ika. Cada uma interage perfeitamente com os mais diversos cenários que nossos heróis – e vilões – percorrem ao longo das fases.

Por aqui, optei pelo Pass N’Play com meu filho Benício, de 6 anos. “Oras, ele vai desistir rápido da jogatina. Crash Bandicoot é difícil demais”, pensou esse experiente nerd com mais de 30 anos de gameplay. Engano meu: Benício pula, se diverte e encara os desafios como eu fazia há mais de 20 anos, no primeiro PlayStation que se tem notícia. Algo que nem todo personagem ou franquia conseguiu ao longo de sua carreira. Parabéns, Activision!

O jogo foi gentilmente cedido pela Activision para a realização desta análise no PlayStation 4.

Para finalizar, uma salva de palmas para o marketing da Activision pelo MELHOR vídeo de divulgação dos últimos tempos:

 

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Fábio Alexandre http://www.nerdinterior.com.br

No jornalismo desde 2000, já passou por diversas redações, sempre envolvido com a cultura de Indaiatuba (SP) e Região Metropolitana de Campinas (RMC). Fã de cinema, games, séries, literatura e histórias em quadrinhos, é co-editor do portal Nerd Interior!

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