Review | Dead Cells

O metroidvania em versão Dark Souls mais difícil que você vai encontrar.

Produzido e distribuído pela Motion Twin, estava com acesso antecipado no PC desde maio do ano passado e em 07 de agosto teve sua data de lançamento oficial inclusive para Xbox One, Playstation 4 e Nintendo Switch.

Para quem não conhece, metroidvania é um gênero de ação-aventura que mescla as mecânicas das franquias Metroid e Castlevânia, onde os mapas são interconectados e só será possível passar por certas partes através de habilidades ou chaves que você irá adquirir com o decorrer do jogo. Como exemplo de recentes lançamentos desse estilo podemos citar como Ori in the Blind Florest e Guacamelee!.

O jogo começa com uma gosma verde caindo de um cano e sendo consumida por um corpo que não tem cabeça, ele é seu personagem, a primeira NPC fala que você está voltando do mundo dos mortos e que não pode mais morrer. Inclusive que você não é o primeiro a estar nessa situação.

Essa é a introdução da lore do jogo, que por sinal é muito rasa e somente ao decorrer do jogo conversando com os personagens e também com mensagens nas telas de carregamento, você perceberá que ela não faz sentido algum e que mesmo assim não tirará a diversão que o jogo proporciona.

Os movimentos são simples, porém devem ser precisos. Pulo, ataque e defesa, serão os seus principais aliados e não podemos esquecer da milagrosa roladinha. Com os gatilhos você poderá equipar armadilhas e outros equipamentos que te auxiliarão nos ataques.

Nada são flores nesse jogo, a ambientação é muito macabra, não tem nada muito bonitinho, esgotos, covas e cavernas das mais diversas formas dão o toque de podridão por onde quer que você passe.

Os mobs individualmente não lhe causarão muitos problemas, o que muda de história quando eles aparecem em maior quantidade e acredite se quiser, correr não é a melhor saída. Perca mais tempo derrotando individualmente pois os mapas são confusos a ponto de na maioria das vezes te deixar emboscado.

Falando em mapas ao contrário de qualquer outro jogo metroidvania, eles tem vida e serão modificados sempre que você morrer. Isso frustra os que gostam de limpar todos os pontos do mapa, pois quando você falhar tudo será novo e você terá que recomeçar do zero.

E não somente o mapa que muda quando você morrer, equipamentos, armas e tudo que estiver carregando. E não pense que será igual Dark Souls que você poderá voltar no corpo e resgatar. Aqui o lema é “perdeu playboy”!

Para não dizer que o jogo é muito exagerado, é possível através do Coletor a habilidade de resguardar certa quantidade de ouro que estava carregando, mas não pense que será muita coisa.

O coletor libera melhorias e fórmulas que modificam o dano de seu armamento, causando sangramento por exemplo, gastando as células que são dropadas dos mobs que você acumular. Essas melhorias sim, não são perdidas quando você morrer.

A montagem do personagem ela se divide em 3 categorias, violência que se refere ao dano, eficiência que administra o uso das habilidades como granadas por exemplo e de sobrevivência que tem benefícios em pontos de vida.

Você poderá equipar melhorias coletáveis em pergaminhos escondidos ao redor do mapa. Sendo possível alocar 3 pontos em cada uma das categorias que serão zerados quando morrer.

Outra forma modificável no seu personagem, são as mutações, essas você não perde quando morre e são limitadas a usar 3 ao mesmo tempo. Caso queira realocar, é possível por um certo montante de ouro.

Vale a Pena?

A proposta do Dead Cells não é contar uma história, é desafiar os jogadores cada vez mais e mais. Até aonde você é capaz de chegar? Depois de responder essa pergunta você saberá se o jogo vale a pena.

Ele é extremamente divertido e não o julgue pelos gráficos oldgen, toda vez que você morrer, por mais que pareça frustrante, o fato de você encontrar um mapa novo, novas armas e equipamentos na próxima tentativa, transformará única cada uma delas.

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Este review foi produzido com uma cópia do jogo para Xbox One cedida pela assessoria de imprensa da Motion Twin.

Vitor Santos

Contador de tudo, menos de piadas. Ex-professor de violão e dança de salão, hoje samba para conseguir jogar nas horas vagas. Filho da era 8 bits, depois de percorrer todas as gerações até enraizar-se no Xbox One.

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