Review | Divinity: Original Sin 2 Definitive Edition

Produzido pela Larian Studios, Divinity: Original Sin 2 finalmente chegou aos consoles PlayStation 4 e Xbox One em 31/08/2018, com o adicional no título de Definitive Edition. O jogo em sua versão “padrão” saiu para PC em Setembro de 2017.

Não cheguei a jogar o primeiro game da franquia, não conhecia portanto, a jogabilidade e o gameplay do game.

Me surpreendi ao me deparar com um jogo complexo em muitos sentidos, com aprofundamento como jamais vi em outros RPGs.

Já ao escolher seu personagem, o game lhe apresenta uma liberdade incrível. Além de dentre diversas raças e personagens pré-definidos, ainda é possível mudar algumas opções, que influenciam diretamente no andamento da história e no gameplay, que vão dar novas opções de linhas de diálogo e de escolhas de seu personagem. É possível mudar também a classe de batalha de seu personagem, para que você escolha o tipo que mais combine com estilo de jogo.

O cenário do jogo, além de muito detalhado, tem muita interatividade. Seu personagem consegue pegar e mover objetos. É possível explorar gavetas, baús, barris e praticamente todos os objetos disponíveis no cenário. O uso estratégico desses objetos, aliado com a interatividade do que lhe é apresentado no cenário ajuda até mesmo em batalhas. Logo no tutorial do jogo você aprende a interagir com o ambiente: lhe apresentam uma situação em que você pode pegar velas acesas no cenário, e jogar no chão que está com óleo espalhado, fazendo com o pegue fogo no chão e cause danos ao inimigo que está pisando no chão encharcado de óleo.

Por falar em combate, cabe ressaltar que aqui o combate é por turnos. Você tem pontos de ação que são consumidos conforme as escolhas de batalha que faz. Seu personagem pode usar o ataque físico básico, ou escolher dentre diversas habilidades especiais, que vão ataques físicos mais fortes a magias, de habilidades de suporte aos amigos ou que garantem ganho temporário de atributos individuais ou coletivos. Da mesma forma, é possível usar as habilidades especiais de seu personagem em conjunto com o cenário. Se o chão está molhado e você tem uma habilidade de choque, utilizá-la no chão poderá estender o alcance da habilidade, causando danos ao inimigo que estiver pisando no chão molhado.

O sistema de batalha é desafiador, se você não está acostumado com batalhas por turno (como eu), terá que se adaptar, mas logo admirará o “jogo de xadrez” em que ele se transforma.

A narrativa dele se assemelha ao que vemos em RPGs de mesa. Há uma espécie de narrador que descreve as situações. Posso exemplificar que ao iniciar um diálogo, o tal narrador descreve a cena, algo como:  “Perguntou em alto e bom som ao soldado. Fazendo pouco caso da pergunta, o soldado o olhou dos pés à cabeça, fez cara de poucos amigos e simplesmente o ignorou”.

Além disso, o jogo abre uma série de opções de como responder e de como agir diante dos acontecimentos, e isso influenciará na continuidade da história e do gameplay.

Infelizmente o jogo não tem localização para o português. O que acaba prejudicando um pouco o interesse do público brasileiro. O jogo demanda um conhecimento intermediário de inglês para que possa ser aproveitado de forma adequada. Há muitos textos, diálogos e conteúdo que precisa ser lido. É um jogo denso, e se você não conseguir entender o que está acontecendo e o que você está fazendo, com certeza terá a experiência prejudicada.

É possível jogar sozinho, ou chamando até 3 amigos para lhe acompanhar, otimizando as estratégias de batalha. É possível controlar os aliados, mesmo jogando sozinho, mas é bem mais efetivo e divertido batalhar com estratégias em conjunto com os amigos. Você poderá jogar localmente com estes amigos ou online.

Tenha em mente que é um jogo que demandará dedicação, atenção, estudo e comprometimento. É um jogo denso e longo, mas se gosta de RPGs, pode ter certeza que é um melhores jogos do estilo já lançados até hoje.

 

[wp-review id=”9976″]

Este review foi produzido por meio de uma cópia do jogo para Xbox One cedida pela assessoria de imprensa da Larian Studios / Bandai Namco no Brasil.

Gustavo Vegas

34 anos, gamer, advogado e funcionário público (não necessariamente nesta ordem), apaixonado por games desde o seu primeiro console, um CCE Top Game VG 9000 (um clone do saudoso Nintendinho).

Leia também...

Mais deste Autor!

+ Ainda não há comentários

Add yours