Review | Rage 2

Desenvolvido pela Avalanche Studios em parceria com a id Software e publicado pela Bethesda Softworks, Rage 2 é sequência direta do Rage 1 (lançado em 2011), e está disponível para PlaySation 4, Xbox One e PC.

Diferentemente do primeiro game da franquia, Rage 2 traz um mundo aberto ao jogador, resultado direto da participação da Avalanche Studios, que nos brindou com grandes mapas abertos nos games da série Just Cause, e mais recentemente no game de Mad Max.

Após o lançamento do primeiro Rage, que não fez o sucesso que se esperava, a id Software nos trouxe em 2016 o esperado reboot de Doom, que inovou e trouxe sangue novo para o gênero de FPS single player, que já estava respirando por aparelhos por conta do grande avanço do modo online de games como Battelfield e Call of Duty.

Pensando em inovar, surgiu naturalmente a parceria id + Avalanche: trazer um mapa aberto com o estilo de shooter capitaneado pela id. O melhor de dois mundos em um único jogo. Mas será que deu certo? É sobre isso que passaremos a falar.

UM SHOOTER DE PRIMEIRA

Assim como no Doom de 2016, Rage 2 prima pela mecânica de jogo. Os combates são diretos, sem muita frescura, com foco na agressividade e na batalha rápida. Ficar parado ou andando lentamente durante os tiroteios é pedir para morrer.

O ritmo frenético favorece e incentiva o jogador a ser ofensivo, inclusive (como em Doom) os inimigos mortos dropam itens que recuperam sua energia, fazendo com que você seja recompensado por sua coragem.

Atirar em Rage 2 é muito satisfatório. A sensação de impacto das balas disparadas é incrível! Melhor ainda nos headshots.

Mas a mecânica vai além dos tiroteios. Seu personagem é portador de uma armadura de uma classe de soldados chamada Ranger, que permite que você tenha habilidades/poderes, que vão aumentando conforme se localizam as chamadas “Arcas”, que adicionam novas habilidades, que interferem diretamente no gameplay. Temos como exemplos o “Estilhaçar”, seu personagem solta uma rajada de vento pelas mãos, destroçando inimigos sem proteção, e a “Enterrada”, no qual você salta e desfere um poderoso soco no chão, causando impacto e danos ao redor.

MUNDO ABERTO NÃO TÃO DE PRIMEIRA

A estrutura do mundo aberto de Rage 2 pode ser resumido em um grande parque de diversões, com atrações espalhadas pelo mapa.

Há diversos tipos de missões e atividades, desde o simples “mate todos os inimigos humanos”, “mate todos os mutantes”, até batalhas veiculares e contratos.

Apesar de ter uma infinidade de coisas para fazer, falta algo que conecte e faça o mundo aberto funcionar. Há franquias que tiveram êxito nesta empreitada, como Far Cry, Mas aqui falta algo que consiga amarrar e trazer sentido entre um ponto e outro do mundo aberto.

Esse vazio entre um ponto e outro incomoda, mas o combate como shooter é tão competente que nos faz esquecer temporariamente esse problema.

NARRATIVA EM ÚLTIMO PLANO

Pra quem não jogou o primeiro Rage, não tem problema. No início do jogo, o vilão General Cross faz um resumo do que aconteceu e te contextualiza sobre tudo. Rage 2 se passa após 30 anos dos acontecimentos do primeiro game.

A Autoridade (facção criminosa que pretender dominar o mundo) volta com força para destruir a tudo e a todos, e após um atacar sua cidade (chamada de Vinhal), com a morte de muitas pessoas, você acaba se tornando o último Ranger, uma classe de soldados que utiliza uma armadura com habilidades especiais.

O começo do game tem um grande foco narrativo, mas no decorrer do game isso não se mantém, e tudo fica mais voltado ao gameplay. No pouco que resta da narrativa, há grandes doses de humor non sense.

É possível escolher jogar como homem ou mulher, mas isso não interferirá no desenrolar da história.

Para derrotar a Autoridade, será preciso dar seguimento ao “Projeto Adaga”. E para tanto, terá que entrar em contato com 3 líderes de regiões distintas, que farão os trâmites necessários para que o projeto prossiga. Assim, você terá que realizar diversas quests até atingir  patamar mínimo de level 5 com cada líder, para aí então partir para a batalha final contra o vilão do game.

[wp-review id=”12022″]

Este review foi produzido por meio de uma cópia de PlayStation 4 gentilmente cedida pela assessoria de imprensa da Bethesda no Brasil.

Gustavo Vegas

34 anos, gamer, advogado e funcionário público (não necessariamente nesta ordem), apaixonado por games desde o seu primeiro console, um CCE Top Game VG 9000 (um clone do saudoso Nintendinho).

Leia também...

Mais deste Autor!

+ Ainda não há comentários

Add yours