Review | The Division 2

Já virou tradição a Ubisoft acertar suas franquias no segundo jogo e com The Division 2 não foi diferente. Lançado em 15 de março de 2019 para Xbox One, PlayStation 4 e PC, foi produzido pelas produtoras Ubisoft Massive, Ubisoft’s Annecy, Redstorm, Reflections Studios, Ubisoft Bucharest e Ubisoft Shanghai e distribuído pela Ubisoft. Confira nosso review de The Division 2!

Confesso que não joguei o primeiro título da franquia, então não pude analisar a evolução frente às críticas e se elas foram em sua totalidade ajustadas, mas como a primeira impressão é a que fica, The Division 2 é de longe o shooter tático em terceira pessoa mais legal que eu já joguei.

A mecânica do jogo é relativamente simples e intuitiva, inclusive muito fluída. Dentre os pontos positivos do game esse é o que mais se ressalta. Realmente é divertido atirar e avançar na área. Não tive problemas em travamento na movimentação ou controles que não responderam adequadamente.

Outro ponto positivo é a customização do personagem. O sistema de loots do jogo é bondoso na medida certa. Dificilmente você receberá uma coisa muito ruim ou tão boa que o seu nível seja tão diferente que o fará gastar o triplo do tempo para conseguir equipá-lo. Isso inclui vestiários e armas. Estas de uma infinidade absurda. Cheguei a me sentir jogando Borderlands. Várias armas e cada uma com uma especificação e um bônus diferente, deixando o jogador livre para usar a arma que quiser e da maneira que achar melhor. Única coisa que não achei legal nesse ponto é que as melhores armas são as que possuem one shot, tiro único. Isso fará com que você tenha que apertar mais botões do que o convencional.

Uma coisa legal e que traz dinâmica a mecânica são as habilidades. São oito tipos de gadgets que o jogador pode aprimorar. Sendo possível equipar até dois ao mesmo tempo. Eles vão determinar qual o estilo tático que você irá usar, variando desde drones, miniguns de suporte e até escudo que você e sua equipe poderão trocar as funções e posições entre si analisando qual o perfil ideal de cada integrante.

A progressão do nível, por incrível que pareça, também vejo como ponto positivo. Subir de level geralmente nesses jogos é mais demorado, o que não acontece aqui e ainda mais se você estiver jogando em esquadrão ou com amigos de níveis superiores ao seu. O jogo se alinha ao personagem com nível mais alto e aumenta o seu dano e sua vitalidade para que você não sofra tanto nas batalhas. Veja que eu disse não sofra tanto, pois é óbvio que o mais convencional é um esquadrão com níveis equivalentes. Então não pense que chamar um amigo de high level irá levar você a vitória tão fácil quanto parece.

A história é um tanto oculta no The Division 2, é claro que o contexto de luta por sobrevivência e disputa de poder é bem explícito. Na minha opinião a história do jogo é mais um conglomerado de atos de heroísmo que resultam em retomada de controle de poder visando o bem estar social dos sobreviventes a essa Washington devastada num ambiente futurístico.

Como no primeiro jogo da franquia, além do modo Campanha e Cooperação, temos também o modo PvP chamado de Zona Cega. São 3 áreas espalhadas por Washington exclusivos para esse modo, um ponto específico no mapa dita a direção que se deve ir e depois de recolher esse item, sobrevivendo até a chegada do carregamento por um helicóptero, o conteúdo é seu.

As missões são algo bem volumosas no jogo, tanto principais como secundárias e é difícil estar a par de tudo que irá aparecer pra você assim que finalizar o tutorial do game. Confesso que de imediato me senti perdido com tanta coisa pra fazer e nenhuma noção de localização. Mas com o decorrer do jogo isso se torna mais automático.

Por incrível que pareça The Division 2 é um jogo fora da curva no sentido repetitividade. Comparados com títulos que a proposta das missões são hordas de inimigos e bosses no final. As missões se diferenciam pela ambientação. Washington D.C. apesar de decaída é imensa, cada bairro tem sua particularidade. A inteligência artificial é a cereja do bolo. De início pode parecer que não, mas com o decorrer da campanha eles ficam cada vez mais desafiadores e agressivos. Usando habilidades que deixarão os combates épicos.

 

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Este review foi produzido com cópia do jogo para Xbox One, cedida pela assessoria de imprensa da Ubisoft no Brasil.

Vitor Santos

Contador de tudo, menos de piadas. Ex-professor de violão e dança de salão, hoje samba para conseguir jogar nas horas vagas. Filho da era 8 bits, depois de percorrer todas as gerações até enraizar-se no Xbox One.

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