Review | Trials Rising

Confesso que nunca tinha jogado nenhum game da série Trials por puro preconceito. Os vídeos não me convenciam, eu achava um jogo fraco por conta dos gráficos e perspectiva simples do game.

O Rodrigo Gatti, aqui do Nerd Interior, sempre falava bem do game, dizendo que o era muito bom e que eu devia dar uma chance.

Pois bem, Trials Rising foi lançado pela UBISOFT em 26 de Fevereiro de 2018 (disponível para PC, PlayStation 4, Xbox One e Switch), e o review ficou a meu cargo. No momento pensei: “Puxa vida…”. Antes de iniciar a jogatina do lançamento, comecei a jogar o game anterior da série, Trials Fusion (que foi oferecido tanto pela PlayStation Plus quanto pelo Games With Gold há algum tempo), para ter uma noção de um game da série e me preparar para verificar as eventuais mudanças que seriam introduzidas no novo game.

Para minha surpresa comecei a gostar, e a jogatina que seria breve para me introduzir no mundo da série virou algo mais sério, e a célebre frase “só mais uma tentativa” virou um mantra, uma promessa que não se cumpria, e eu acabava jogando mais tempo do que queria.

Trials me conquistou. Jogabilidade deliciosa, com física apurada e realista, onde cada jogada o faz entender melhor a moto escolhida, a pista e as “pegadinhas” espalhadas pelo trajeto. Em Trials o gráfico é mero coadjuvante, seu estilo baseado na mecânica de jogo é o que nos faz ficar viciados em jogá-lo. A escala de aprendizado é equilibrada, fazendo o jogador progredir aos poucos e de forma orgânica. Tentativa, erro, repetição, sucesso, essa é a fórmula da satisfação. Há um botão que com um toque te faz voltar ao checkpoint anterior, ou se preferir, toque em outro botão e reinicie a pista, sem loading ou firulas.

Depois da experiência, fui para o Trials Rising muito mais animado, o que permitiu jogar desde o seu início com muito mais confiança.

A primeira diferença que se nota em Trials Rising é o modo de escolha de pistas. No jogo anterior, a escolha era feita por menus simples. Aqui introduziram um mapa mundi, iniciando sua carreira na América do Norte, e conforme você progride, viajará para outros continentes para enfrentar os desafios do game. Isto trouxe um dinamismo maior ao navegar entre os diferentes tipos de evento.

Outra mudança é a estética dos locais dos eventos. Trials Fusion trazia cenários futuristas e grandes galpões, sem muita diversificação de ambientes. Já Trials Rising traz cenários do mundo real, baseando-se na localização onde são realizados os eventos. Diversos cenários trazem paisagens muito bonitas, com sol, lua, chuva, lama, e tudo mais que se espera de belezas naturais em corridas ao ar livre.

A jogabilidade continua impecável, e o principal motivo que faz o jogador viciar. Não adianta acelerar “até o talo”. É preciso dosar aceleração, freio, inclinação da moto e do corpo do piloto, de modo que sua estratégia facilite o fluxo na pista.

Houve uma diminuição do foco das manobras espalhafatosas, que no game anterior acabou não me agradando tanto.

A trilha sonora tem músicas licenciadas, que combinam com o clima de competição e de esporte radical do game.

Não há nada que eu diga ou escreva que consiga ao menos demonstrar o que é a experiência de jogar um game da série Trials.

Se você tem, assim como eu tive, algum preconceito em relação à série, experimente e tire suas próprias conclusões.

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Este review foi produzido por meio de uma cópia de PlayStation 4 gentilmente cedida pela assessoria de imprensa da Ubisoft no Brasil.

 

Gustavo Vegas

34 anos, gamer, advogado e funcionário público (não necessariamente nesta ordem), apaixonado por games desde o seu primeiro console, um CCE Top Game VG 9000 (um clone do saudoso Nintendinho).

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