The Division 2 está virando a esquina (o jogo será lançado nesta sexta-feira, dia 15 de março, caso você não saiba). E depois de dois períodos de Beta, um fechado (em que o Nerd Interior foi convidado a participar pela Ubisoft Brasil) e outro aberto, chegou a hora de falarmos um pouco da nossa experiência com os testes e esquentarmos os motores para seu lançamento. Antes de tudo, é bom deixarmos claro que tudo o que está escrito aqui foi produzido com base em uma versão beta do jogo, ou seja, uma versão não finalizada e que existe exatamente para testar bugs e problemas antes do lançamento oficial.
Nos períodos de Beta, The Division 2 trazia duas missões de história, cinco missões paralelas, atividades do mundo aberto e ainda uma das três áreas de Zonas Cegas disponíveis. Todas as missões foram feitas em co-op, e há de ser dito, é um co-op de respeito. Mesmo em fase Beta, a conectividade com os amigos e outros jogadores ocorreu sem problemas no Xbox One. Além disso, assim como o primeiro jogo, The Division 2 ganha uma magnitude diferente jogado entre amigos.
Outra cidade, outra abordagem
The Division 2 se passa sete meses após os eventos do primeiro jogo e, diferente da vertical e cosmopolita New York, desta vez os agentes estão em Washington DC. com suas paisagens mais amplas e terrenos mais abertos e diversos. E este é o primeiro, senão o principal ponto que diferencia este título de seu antecessor. A particularidade do mapa da capital americana permite abordagens mais interessantes de combate, como uma maior chance de flanquear os inimigos, por exemplo. Além disso, arenas de combate mais abertas podem potencializar o uso de agentes franco-atiradores, uma das especialidades que podem ser escolhidas pelo jogador no “endgame” do título.
Como um shooter, The Division 2 parece um projeto de redenção da Ubisoft em relação ao primeiro jogo. Aqui, a empresa tenta acertar no que errou em The Division. As armas deste segundo jogo são mais atrativas, úteis e possuem uma física mais crível se comparadas com os equipamentos disponíveis no jogo de 2016. Atirar em The Division 2 é algo prazeroso e cada arma, com a sua particularidade, tem seus méritos e defeitos e, diferente do primeiro jogo, quando a troca de armas não parecia surtir tanto efeito e obrigava o jogador a resumir sua estratégia em apenas ficar com a arma que proporcionasse mais dano, em The Division 2, o esquema de loot, com classes que vão das comuns até as lendárias e nível das armas, a escolha errada de equipamentos para uma missão pode ser o divisor de águas entre seu sucesso e seu fracasso.
No entanto, The Division 2 preocupou em algo que já era uma crítica recorrente do primeiro jogo: inimigos que são esponjas de balas. Nas missões que jogamos era nítida a resistência acima do comum de inimigos aos tiros recebidos. Até mesmo projéteis que atingiam a cabeça pareciam não surtir efeito. O problema só não é mais agravante porque o jogo permite que você reponha sua munição a todo momento durante o combate, por meio de caixas de munição espalhadas pelos cenários.
Nos Betas três tecnologias especiais dos agentes estavam disponíveis para o jogador: uma torreta, bombas guiadas e drones. Em cada uma delas outras sub-habilidades também estavam disponíveis que o jogador conseguia liberar conforme realizava atividades pelo mundo e ganhava pontos de habilidades que desbloqueavam essas funções. Apesar de apenas três habilidades estarem liberadas no Beta, elas já se mostraram imprescindíveis no combate e cada sub-habilidade disposta em cada uma delas faz com que o jogador encare os combates de forma diferente.
É um Beta, lembra?
Mas vocês lembram que é um Beta né? E como todo Beta que se preze, o jogo apresentou seus defeitos. O mais irritante deles foi a ausência de som depois de algum tempo jogando. Em algumas situações você ouvia os sons do ambiente e os tiros de seus colegas de esquadrão, mas não ouvia os seus. Em outros momentos só se ouvia os tiros das suas armas. E em outros não se ouvia som nenhum.
Além disso, e algo que me preocupou mais, o sistema de cobertura apresentou muitos problemas durante os testes. Em muitas ocasiões o agente não buscava proteção onde eu desejava, ficando a mercê de inimigos e tomando muito dano. Em outras situações o personagem saltava sobre obstáculos quando a intenção era se proteger (culpa do sistema de parkour automático que você pode desabilitar nas opções). Por se tratar de um jogo baseado em cobertura, essas imprecisões precisam ser sanadas para que a experiência que a Ubisoft deseja proporcionar ao jogador seja entregue em sua totalidade.
The Division 2 será lançado em 15 de março para PS4, Xbox One e PC.
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