Mesmo mais de dezesseis anos após os atentados terroristas do 11 de setembro de 2001, volta e meia aparece algum filme que conta uma das milhares de histórias que esta tragédia deixou para a posteridade.
Em 12 Heróis acompanhamos uma equipe de soldados das Forças Especiais do exército norte-americano que, meses após o atentado, se ofereceram para seguir ao Afeganistão em uma missão confidencial e praticamente suicida: se aliar ao difícil líder da Aliança do Norte e executar um ataque a fim de enfraquecer o regime Talibã.
O longa, que marca a estreia do dinamarquês Nicolai Fuglsig na direção, é adaptação do livro de Doug Stanton, Horse Soldiers no original, e, como era de se esperar, tem foco no patriotismo americano na guerra contra o terrorismo.
A produção não tem muito mais atrativos do que seu elenco estrelar que reúne nomes como Chris Hemsworth (Thor Ragnarok), Michael Shannon (A Forma da Água), Michael Peña (Corações de Ferro) e Trevante Rhodes (Moonlight – Sob a Luz do Luar), o que é uma pena, pois são tantos rostos famosos desperdiçados numa história executada de forma rasa que só nos conectamos a eles mais por serem conhecidos do que qualquer outra coisa.
Os personagens são todos idênticos, não há desenvolvimento e falta profundidade a eles, apesar da tentativa de Fuglsig em mostrar as relações familiares daqueles soldados, o problema é que ele faz da maneira mais óbvia possível, como num comercial de margarina. Michael Shannon é o único que tem certo destaque e consegue se desvencilhar dos demais, mas não é o principal da história, infelizmente.
As cenas de ação e os planos dos soldados deveriam ser excitantes e empolgantes para o público, mas ver os soldados passando coordenadas para aviões atirarem bombas em grandes planícies e montanhas não é bem o tipo de ação que dá ânimo assistir. Nem mesmo as cenas terrestres entre os soldados afegãos e norte-americanos contra os soldados do regime Talibã rendem momentos empolgantes.
Com isso, o que ganha destaque em 12 Heróis são as relações, mas surpreendentemente não entre os soldados norte-americanos, e sim entre Mitch (Hemsworth) e o comandante afegão Dostum (Navid Negahban de Sniper Americano). Devido às diferenças culturais e desencontro de ideais e ideais, há certa tensão na relação entre Mitch e Dostum, fazendo com que os diálogos entre ambos rendam bons momentos.
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