Ed Sheeran subiu ao palco pontualmente às 20h para seu terceiro show no Brasil da turnê Divide, nome do seu terceiro disco. A apresentação de quase duas horas no último domingo (28), em São Paulo, ocorreu praticamente dois anos depois de seu primeiro contato com os fãs brasileiros. Se em abril de 2015 o cantor britânico se apresentou para um público de oito mil pessoas, agora ele encontrou 40 mil que lotaram o Allianz Parque.
O aumento significativo de fãs se justificam pela evidência e talento de Sheeran em compor canções de fácil identificação e aceitação do público. As baladas do cantor tornam-se facilmente hits e quando não fazem sucesso em sua voz acabam servindo como chamariz para outras estrelas – Justin Bieber, One Direction e Taylor Swift são alguns beneficiados. O cantor também sempre marca presença em premiações – já venceu dois Grammys – e seus três álbuns de estúdio já renderam ao hitmaker 22 milhões de cópias vendidas.
Mas não se engane pelas músicas românticas ou pela cara de bom moço do cantor, Sheeran aos 26 anos consegue fazer aquilo que muitos outros artistas contemporâneos só ficam na intenção. Pode parecer pretensioso ceder um estádio tão grande para um cantor que não usa efeitos especiais, firulas ou dançarinos em cena. Aliás, nem mesmo de uma banda o cantor dispõe, Sheeran é a melhor tradução para “banda de um homem só”.
Se ainda restam dúvidas sobre o potencial do músico, elas são eliminadas com a apresentação ao vivo, onde o cantor exibe sua faceta contundente. Ed Sheeran se apresenta sozinho, só com seu violão e seus pedais, no qual ele tem controle de suas gravações de voz, guitarra e percussão. Faz esta tarefa parecer muito fácil e consegue sempre soar harmonicamente. É dessa maneira que ele abre o show apresentando Castle on the Hill, single de seu terceiro álbum, lançado em março.
Ao longo da apresentação o cantor segue com seu violão – sem se abalar quando uma corda arrebenta – passeando pelo pop, folk e até mesmo pelo hip-hop em faixas como as autobiográficas Eraser e Don’t. Mesmo tendo o último álbum como carro-chefe da turnê, o cantor não se esquece de sucessos como The A Team, acompanhado de telas acesas por todo o estádio em um momento de grande emoção. Os sucessos Don’t, Photograph, Bloodstream, Give Me Love e Thinking Out Loud foram recebidas com grande entusiasmo. Sing fechou o espetáculo tirando todo mundo do chão. Vestindo a camisa da Seleção Brasileira, Sheeran voltou para apresentar Shape of You, seu sucesso atual.
Longe de ser um artista fabricado por uma gravadora, Sheeran é um musicista nato, um cantor competente que demonstra certa timidez diante de milhares de pessoas que gritam seu nome e cantam juntos suas canções. Sheeran é uma figura simpática, agradável e que por muitos anos ainda irá envolver seus fãs.
Veja o setlist do show do Ed Sheeran em SP:
“Castle on the Hill”
“Eraser”
“The A Team”
“Don’t” / “New Man”
“Dive”
“Bloodstream”
“Happier”
“Galway Girl”
“Feeling Good” / “I See Fire”
“Give Me Love
“Photograph”
“Perfect
“Nancy Mulligan”
“Thinking Out Loud”
“Sing”
“Shape of You”
“You Need Me, I Don’t Need You”
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