O diretor Edgar Wright – da trilogia do Cornetto (Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e Heróis de Ressaca) e Scott Pilgrim Contra o Mundo – é um dos grandes nomes de sua geração, devido ao seu estilo de fazer cinema, com sua edição ágil e originalidade nos roteiros.
Em Ritmo de Fuga – mais uma tradução que não faz jus ao título original, Baby Driver – acompanhamos Baby (Ansel Egort, da franquia Divergente) um jovem piloto de fuga que trabalha para o misterioso Doc (Kevin Spacey, de Quero Matar Meu Chefe) em diversos assaltos. Quando um dos planos não dá certo, Baby se vê obrigado a escolher entre lutar pelo seu amor ou seguir o seu instinto.
Além da dupla citada, o elenco ainda conta com Jamie Foxx (Quero Matar Meu Chefe), Jon Hamm (Vizinhos Nada Secretos) e Lily James (Cinderela) que vivem personagens semelhantes aos trabalhos citados como seus destaques, ou seja, não vemos nada de muito novo neles.
O grande trabalho do elenco fica mesmo para Egort, com uma ótima construção do personagem Baby. Um anti-herói introspectivo, aficionado por suas fitas e boas trilhas enquanto dirige. Além disso, o romance com a Deborah de Lily James é genuíno.
Apesar do talento de Wright na direção ficar evidente, com ótimos planos sequência, boas cenas de perseguição e todos os elementos já citados e que engrandecem o filme, a história não foge do convencional hollywoodiano.
Por mais que o filme nos dê indícios de que ficará marcado por ser uma grande obra-prima, com referências a diversos clássicos do cinema como Os Bons Companheiros, Bonnie & Clyde e Monstros S.A., termina de uma maneira não tão agradável. De qualquer forma, Wright consegue nos envolver mesmo contando uma história vista tantas e tantas vezes no cinema.
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