Entre Irmãs é uma história tipicamente brasileira que se passa no sertão onde duas mulheres brigam para mostrar sua força em uma sociedade amplamente dominada pelos homens. A história se passa nos anos 30 e acompanha as irmãs Luzia (Nanda Costa de Gonzaga, De Pai pra Filho) e Emilia (Marjorie Estiano de O Tempo e o Vento) que são separadas pelo destino e, longe uma da outra, enfrentarão obstáculos da sociedade e da vida para que um dia possam se reencontrar.
Apesar da ótima premissa, o filme dirigido por Breno Silveira (2 Filhos de Francisco) é exageradamente longo e funcionaria melhor como minissérie. Seu tom novelesco fica evidente durante os 160 minutos de duração. São sequências que sempre terminam em uma cena de impacto e acompanhadas de frases marcantes e clichês.
Há a tentativa de trazer alguns temas discutidos na atualidade para a trama, como a homossexualidade e o feminismo, mas o espectador tem que ter paciência para aturar os minutos finais que parecem se arrastar e nunca saber quando terminar. O filme também pesa na trilha sonora intrusiva em momentos de emoção, se tornando piegas.
E nessa área do som, algumas falas são impossíveis de se entender, não pelo sotaque nordestino dos atores, mais por um problema de mixagem e edição de som, em alguns diálogos era preciso ler os lábios dos atores para compreender o que diziam.
De bom fica a atuação de Marjorie Estiano que está fantástica e rouba todas as cenas. Nanda Costa mostra envolvimento com sua personagem Luzia, mas algumas vezes o overacting atrapalha.
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