Review | Moonlighter

 

 

Disponível para: PlayStation 4, Xbox One e PC (em breve para Switch)

Desenvolvido pela Sun Digital, e distribuído pela 11 bit studiosMoonlighter é um RPG de ação em pixel art, baseado em rogue lite, onde você controla Will, um comerciante da cidade de Rynoka. Will herdou de seus pais a loja Moonlighter, ficando sob sua responsabilidade tocar o negócio da família e agora a única loja da cidade.

O background histórico que nos traz a Rynoka é de que durante uma escavação arqueológica perto dela, foram encontrados portais que levam a outras dimensões e dentro deles eram encontrados grandes aventura e tesouros. Esses portais eram freqüentados por muitos heróis, que arriscavam cada vez mais suas vidas em busca de riquezas. A cidade decidiu trancar as masmorras, fazendo que com a cidade perdesse as muitas visitas que recebia. Diante de todas as dificuldades, muitas comerciantes deixaram a cidade, restando apenas a loja que agora pertence a Will.

Assim, para trazer novamente cidade de Rynoka aos tempos prósperos, é preciso reabrir as masmorras uma a uma. Will decide quel enfrentará os perigos em prol de sua cidade e de sua loja.

A gameplay do jogo se divide basicamente em 02 vertentes: a exploração das masmorras (as tais outras dimensões) para obtenção de itens para vender na loja e para criação/melhoria de equipamentos e a administração da loja de Will.

São 04 masmorras diferentes, cada uma com ambientes e inimigos próprios. Cada masmorra possui 03 níveis/andares, sendo que a dificuldade é progressiva entre eles, e ao final do terceiro nível, há um boss lhe esperando.

Matando todos os bosses, é liberado um quinto portal, que tem novos desafios e o boss final do jogo.

A disposição das salas das masmorras é procedural, cada vez que você entra em uma delas encontrará caminhos diferentes, e claro, loots diferentes. Você consegue carregar até 20 itens no total, sendo 05 no bolso de Will e 15 em sua mochila. Essa diferenciação é importante, pois se você morrer durante a exploração, somente os itens nos bolsos de Will permanecerão quando você renascer, os demais serão perdidos. Para evitar que isso ocorra, há um objeto chamado pingente, que permite que você deixe a qualquer momento a masmorra sem que perca os itens, ao custo de alguma quantidade de ouro. A desvantagem é que você perde o avanço dentro da própria masmorra, ou seja, se você estava no nível 03 e usar o pingente, ao adentrar novamente o portal, retornará ao nível 01. Logo após algum tempo de jogo você libera um segundo objeto, que permite que você deixe a masmorra para armazenar os itens coletados e retorne ao meso nível em que estava, porém, só pode fazer isso uma vez por uso, e o custo é muito mais alto do que o pingente comum.

Você começa o jogo com escudo e espada, mas logo depois descobrirá uma diversidade de armas para uso, podemos citar a lança (muito útil para combates a distância), a espada grande (que causa grande danos, mas é lenta) e o arco e flecha. Você pode carregar até 02 tipos de armas, podendo facilmente alterar entre elas ao apertar o botão LB/L1.Cada arma modifica o gameplay, tornando a alternância entre uma e outra algo muito útil para o enfrentamento da diversidade de inimigos encontrados. É possível também confeccionar equipamentos de proteção, como botas, elmos e armadura. Tanto as armas quanto os equipamentos podem ser evoluídos, e isso será essencial para que você consiga avançar no jogo.

Vamos falar um pouco sobre outra grande fatia do jogo, que é administração da loja de Will. Depois de visitar as masmorras e conseguir os itens, você terá que vender grande parte deles para conseguir ouro, que será essencial para confeccionar e melhorar suas armas e armaduras, bem como para adquirir melhorias para a loja e para a própria cidade.Convém ressaltar que é preciso achar um equilíbrio entre os itens que irá vender e os que irá guardar, pois eles também são matéria prima para a confecção de armas e melhorias dos equipamentos.

Estas melhorias da loja e da cidade também são essenciais para seu progresso no jogo. Alguns exemplos de melhorias da cidade: ao trazer um ferreiro para a cidade, poderá forjar novas armas e armaduras; trazendo o ambulante, você poderá comprar adornos, que ao serem colocados em exposição na loja de Will, concederá bônus diversos.

Já em relação às melhorias da loja podemos citar as que aumentam o tamanho do mostruário e espaço de circulação de pessoas, bem como de troca de objetos como a caixa registradora, que trarão bônus de ouro a cada venda e a compra de mais baús para guardar os itens coletados.

A loja só pode ficar aberta durante o dia, então sua dinâmica de grinding será: durante a noite explorar as masmorras, e durante o dia vender os itens que conquistou. Que fique claro desde já, você precisará repetir esta rotina MUITAS vezes.

Para vender um item basta colocar ele no mostruário e definir o preço. Não há qualquer guia ou indicativo que te ajude a precificar pela primeira vez. O único indicativo é após colocar o item à venda, quando um comprador o adquire (ou quando não o adquire, por achar muito caro), aparecerá um emoticon, demonstrando se ele achou o preço caro, justo, mais ou menos, ou muito barato. Após essa primeira ação, ficará registrado em seu caderno, permitindo que através da tentativa e erro você ache o patamar adequado de preço. Se você não tem paciência para essa “brincadeira” de achar o preço, poderá numa “googlada” localizar tabelas com os preços já organizados.

A jogabilidade é muito agradável, e lembra o clássico The Legend f Zelda: A Link to The Past. Há um botão de ataque primário e secundário, e um botão de rolamento. O ataque só é permitido nas oito direções naturais, nada de diagonais, mas isso não atrapalha, é só questão de costume.

A trilha sonora é muito bem feita, combinando perfeitamente com a proposta do jogo, mas torna-se repetitiva, até mesmo por conta do obrigatório grinding que você terá que fazer durante sua jornada.

[wp-review id=””]

Este review foi produzido com uma cópia do jogo de Xbox One cedida pela assessoria de imprensa da 11 bit studios.

Gustavo Vegas

34 anos, gamer, advogado e funcionário público (não necessariamente nesta ordem), apaixonado por games desde o seu primeiro console, um CCE Top Game VG 9000 (um clone do saudoso Nintendinho).

Leia também...

Mais deste Autor!

+ Ainda não há comentários

Add yours