Estamos presenciando uma época em que a onda feminista voltou a ter voz ativa. Manifestações pró-aborto têm sido uma das grandes bandeiras que as mulheres têm levantado nos últimos tempos, mas antigamente outras bandeiras também eram levantadas.
Em Mulheres Divinas, representante da Suíça a uma possível vaga entre os concorrentes a melhor filme estrangeiro no Oscar 2018, vemos a luta de um grupo de mulheres de um vilarejo suíço pelo direito ao voto durante a década de 70.
Na primeira meia hora temos situações onde essas mulheres se veem reprimidas e sem reação enquanto uma onda de protestos feministas acontece em todo o mundo – como mostrado nas primeiras cenas do longa.
Depois de tantas represálias, em casa principalmente, Nora (Marie Leuenberger de O Círculo) decide aderir ao movimento feminista e combater o patriarcado e o machismo com uma greve, enquanto vai se descobrindo como mulher – neste meio tempo temos a melhor cena do longa que é a do “Love your vagina“, algo que só poderia ter sido escrito por uma mulher, a diretora Petra Volpe, dando bastante espontaneidade à cena.
Porém falta ao roteiro algo a mais, há uma cena bem escrita onde a protagonista Nora fala com seus filhos sobre a vida dos peixes que vivem no fundo do oceano, numa clara comparação às mulheres dali, mas é o único sopro de originalidade visto durante os 90 minutos.
Mulheres Divinas segue uma cartilha de onde não se consegue tirar muito do roteiro, o filme é preso a uma fórmula e um estilo que Petra Volpe não consegue fazer muito. Vale pelo conhecimento histórico do fato e, provavelmente, como material de estudo sobre o tema.
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