4 out 2025, sáb

Aos que chegam agora, podemos dizer que chegou ao fim a primeira temporada de Dexter: Ressurreição, destaque da grade da Paramount+. Porém, basta olhar ao passado para lembrar que, na verdade, está é a décima temporada de Dexter, que começou em 2006.

A boa notícia? Ressurreição é uma das melhores temporadas da série protagonizada por Michael C. Hall.

Aos desavisados de plantão, um breve resumo: Dexter Morgan é uma técnico forense que nas horas vagas é um serial killer que mata assassinos e predadores sexuais, por conta dos ensinamentos de seu pai adotivo, o policial Harry (James Remar, de Cotton Club).

Por conta das circunstâncias em que foi encontrado – trancado num contêiner coberto pelo sangue da mãe, executada com uma motosserra – Harry percebe que tem algo ‘quebrado’ no garoto, e acaba orientando os impulsos assassinos de Dexter para azar de perigosos criminosos. Tudo isso sem ser apanhado pela polícia.

Mesmo depois de morrer, Harry continua a aparecer para o filho como uma espécie de grilo falante.

Sangue Novo

Após oito temporadas, a série original acabou em 2013 de forma inconsistente, desagradando muita gente. Mas como nada é definitivo no mundo do entretenimento, o personagem retornou em 2021 com New Blood, com nosso serial killer favorito morando no norte gelado dos Estados Unidos.

Ali, além de dde namorar a xerife local (ele não consegue ficar longe da polícia), Dexter acaba sendo encontrado por seu filho Harrison (Jack Alcott).

Essa nova tentativa também não terminou bem e todo mundo achou que, finalmente, Dexter ia descansar em paz. Ledo engano.

Após o prequel Pecado Original de 2024 (que chegou a ter uma segunda temporada anunciada e depois cancelada), surge Ressurreição, em que o protagonista literalmente ressuscita, obtém seu nome de volta e vai para Nova York atrás de seu filho.

Em seu encalço está seu velho amigo Batista (David Zayas), agora convencido que ele é o Açougueiro da Baia Harbor.

Uma Thurman e Peter Dinklage em cena de Dexter: Ressurreição

Novo Habitat

Sem entrar em muitos spoilers, essa nova série tem um orçamento muito maior, não apenas por se passar de novo em uma grande cidade, mas pelo elenco.

Peter Dinklage, o eterno Tyrion Lannister de Game of Thrones, é o bilionário Leon Prater, um benfeitor do Departamento de Polícia de Nova York que mantém um estranho hobby em segredo: colecionar serial killers famosos, seja por meio de itens relacionados, seja os assassinos em pessoa.

Para isso, usa como capanga a misteriosa Charlie, papel da maravilhosa Uma Thurman.

Dexter acaba entrando para o seleto clube ao assumir a identidade de um assassino local conhecido como Dark Passenger (o que o deixou indignado, porque é o codinome que ele usa para seu lado negro).

Os atores convidados são todos famosos: Neil Patrick Harris, o Barney de How I Met Your Mother, é Lowell, o Colecionador de Tatuagens, que mata garotas tatuadas e retira a pele pintada.

Kristen Ritter, a Jessica Jones da série da Netflix/Marvel; é Mia, a Lady Vingança, que supostamente caça predadores sexuais.

David Dastmalchian, que fez o Homem-Bolinha em O Esquadrão Suicida, é Gemini, que mata em pares; e, finalmente, Eric Stonestreet, o Cameron de Modern Family, é Al, o Rapunzel, porque ele estrangula garotas para colecionar seus rabos de cavalo.

Obviamente, essa seleção é um banquete para o serial killer de serial killers.

Michael C. Hall e Kristen Ritter em cena de Dexter: Ressurreição

Paralelamente, Harrison se vê as voltas com a polícia, depois de salvar uma hóspede do hotel em que trabalha de ser estuprada, matando o predador sexual que a drogou.

Para se livrar do corpo, ele usa os ensinamentos do pai, o que desperta a suspeita de Batista e da detetive de Nova York, Claudette Wallace (Kadia Saraf), uma daquelas investigadoras detalhistas e obcecadas.

Entre muitos altos e poucos baixos, Dexter: Ressurreição atingiu pontuações excelentes no IMDB, e repercutiu bastantes nas mídias sociais, inclusive no Brasil, onde o canal Série Maníacos, do Michel Arouca, fez reviews semanais dos episódios.

Apesar disso, ainda não houve anúncio de uma segunda temporada.

Mas, como o próprio Michel disse, se a jornada de Dexter terminar nessa série, já é muito melhor que os dois fechamentos anteriores. Mas bem que a gente queria mais.

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