Sexta-feira, dia 17, foi um dia notável para a cultura pop, mas principalmente para os assinantes da Apple TV+. Além da estreia da segunda temporada de Ruptura – após três anos do final bombástico da primeira – também foi o final da segunda temporada de Silo.
A despeito da qualidade e aclamação da crítica, as duas séries tiveram repercussão muito menor do que mereciam, e parte disso é culpa da própria Apple TV+, que parece satisfeito em manter seu streaming em um nicho elitista, como são seus produtos hardware.
Ruptura – que tem Ben Stiller entre seus produtores e diretor do episódio exibido no último dia 17 – é uma distopia em que o conglomerado Lumon desenvolve um chip que permite separar as memórias da vida pessoal dos funcionários da memória do ambiente de trabalho.
O processo está em fase experimental e acompanhamos a equipe de Mark Scout (Adam Scott, de Parks and Recreations), que entrou para o programa a fim de superar o luto pela perda da esposa.
Os demais integrantes são Dylan (Zach Cherry, de Fallout), Irving (John Turturro, ator consagrado que esteve no recente A Porta do Lado, de Almodóvar) e uma recruta relutante, Helly (Britt Lower, de Jovem Solteiro à Procura).
O primeiro é um nerd que aprecia os presentinhos e festas recebidas por metas batidas; o segundo acaba se envolvendo com um funcionário de outro setor, Burt (Christopher Walken, que dispensa apresentações se você acompanha cinema nos últimos 40 anos); e a mulher tenta fugir do escritório de todas as formas, apenas para descobrir que sua metade “externa” é que a mantém lá. A partir daqui, SPOILERS!
SPOILERS (só para não deixar dúvidas)
Pouco sabemos da vida “civil” dos demais, mas acompanhamos Mark em sua rotina de viúvo solitário, às voltas com sua irmã, a mãe recente Devon (Jen Tullock, de Perry Mason), casada com Ricken (Michael Chernus, de Gêmeas – Mórbida Semelhança), um escritor de autoajuda.
Há também a vizinha enxerida, Sra. Selvig (Patricia Arquette, ótima), que vem a ser a supervisora dele na Ruptura, Sra. Cobel, algo que Mark só vai descobrir no último episódio de 2022.
Também fazem parte do staff que cuida dos funcionários “internalizados” o chefe da segurança Milchick (Tramell Tillman, de Elementar) e a terapeuta Sra. Casey (Dichem Lachman, de Jurassic World: Domínio), que além da figura enigmática, e algo robótica, descobrimos que é igualzinha à espoca falecida de Mark.
Todo mundo esperava que a estreia em 2025 começasse no ponto em que 2022 terminou de forma explosiva… hashtag só que não.
Vemos Mark voltando ao andar de Ruptura, e logo em seguida sair correndo pelos corredores num plano-sequência alucinante. Logo descobrimos que ele foi em busca da Sra. Casey para descobrir que o antigo setor dela foi desativado (ela havia sido demitida anteriormente).
Voltando ao seu escritório, descobre que sua equipe foi substituída, e que Milchick era o novo supervisor, e que agora ele era assessorado por uma adolescente, Srta. Huang (Sarah Bock, atriz de 18 anos que parece ter 12), que fala e se comporta como uma adulta.
Quando, por meio de um subterfúgio bem chinfrim, consegue o retorno de seu time, encontramos novos mistérios, principalmente Helly, que mente sobre o que encontrou em seu tempo fora da Ruptura. Ou seja, que é a herdeira do atual CEO da Lumon, e garota-propaganda da Ruptura.
Várias teorias tomaram conta da web após esse único episódio. O produto da Lumon – que até agora nunca soubemos – é a própria Ruptura? Seriam clones, o que explicaria a Sra. Chasey ser igual à mulher de Mark, e a adolescente Huang parecer uma versão mais jovem?
Helly mentiu por vergonha de ser parte do inimigo ou é a própria herdeira infiltrada na Ruptura? Mais informações nos próximos episódios.
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