Gangs of London tem criado um burburinho entre canais do YouTube especializados em séries, mas, embora esteja disponível legalmente no Brasil, não é muito visto por aqui. Isso porque ele está dentro de um canal dentro do Amazon Prime Video, o Starz. Para assisti-lo você tem que ser assinante do Amazon e pagar mais um tanto para acessar o Starz. Você achava que a boiada dos R$ 9,90 mensais não tinha pegadinha?
Essa movimentada série britânica já foi caracterizada como uma mistura de Game of Thrones com Peaky Blinders. Bom, não é tão intrigante e surpreendente quanto a saga de Westeros, mas é muito mais violenta que esta e as aventuras da família Shelby. Na verdade, os pontos em comum estão na escalação de Joe Cole (o John Shelby de Peaky Blinders) como Sean, o herdeiro do império criminoso dos Wallace; e de Michelle Farley (a inesquecível matriarca Catelyn Stark de GoT), como outra mãe implacável, Marian Wallace.
A história começa com o assassinato do chefão Finn Wallace (Colm Meaney, o eterno chefe O’Brien, das séries Star Trek, Nova Geração e Deep Space Nine), que cria o caos no submundo de Londres. Seu braço direito Ed Dumani (Lucian Msamati, outro com passagem por Game of Thrones) quer manter os negócios andando, mas o herdeiro Sean manda paralisar todas as atividades até descobrir quem matou seu pai. A partir daí, diversos interesses se opõe ao poder dos Wallace, que graças ao filho de Ed, Alexander (Paapa Essiedu, de I May Destroy You), controla um esquema de lavagem de dinheiro bilionário com a construção de torres luxuosas.
O protagonista, no entanto, é um capanga em ascensão, Elliot Finch (Sope Dirisu, de O que Ficou para Trás), que literalmente mata um leão por episódio, e acaba se revelando mais do que aparenta. A partir daqui, SPOILERS.
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Elliot é um policial infiltrado com a missão de obter provas contra os Wallace, até então intocáveis pela justiça, por falta de provas e, principalmente, testemunhas. Tendo perdido mulher e filho num acidente, ele se envolve com a filha de Ed, Shannon (Pippa Bennet-Warner, de Harlots), que como ele, tem um filho. Acaba virando braço direito de Sean e, como sempre acontece, acaba tendo sua lealdade dividida entre o dever e os laços com Shannon e Sean.
O nível de produção é cinematográfico, sendo as cenas de ação o ponto alto. Blood and Guts como já se tornaram comum em séries inglesas, que também se destacam pelo nível de atuação, e Gangs of London não é exceção.
Mas a mortandade é de um nível que, se acontecesse na vida real, exigiria uma intervenção da Otan no Reino Unido. A conclusão acaba ficando sem sentido, terminando sem solução, para se resolver possivelmente nas temporadas seguintes. É meio frustrante, ficando muita coisa para uma segunda temporada, já anunciada lá fora.
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