Lançado este ano nos cinemas, A Hora do Mal logo se tornou uma das produções do gênero terror mais comentados na temporada. O filme escrito e dirigido por Zach Cregger (Noites Brutais) chegou há pouco no catálogo do Prime Video e traz atores como Julia Garner (a Surfista Prateada do novo Quarteto Fantástico), Josh Brolin (o Thanos do MCU) e Benedict Wong (o Wong de Doutor Estranho); um elenco muito melhor que o habitual no gênero.
O início é instigante: crianças de uma única classe da escola de uma pequena cidade desaparecem durante a madrugada, restando apenas um garoto, Alex (Gary Christopher). A professora Justine (Julia Garner) é acusada por pais desesperados de estar envolvida na tragédia, e diretor Marcus (Benedict Wong), mesmo sabendo que ela é inocente, lhe dá uma licença e aconselha que ela fique em casa até que a coisa se acalme. Só que Justine não é esse tipo de garota.
Aliás, por ser o tipo de mulher independente, que faz o que lhe dá na telha, é que ela já não era bem vista por muita gente. Justine bebe, especialmente após o episódio, e transa com um cara comprometido, o policial Paul, personagem de Alden Ehrenreich, o Han Solo que não deu certo. A professora acaba envolvendo o guarda na vigilância que faz na família do garoto sobrevivente.
Paralelamente, um dos pais enlutados, Archer (Josh Brolin), resolve investigar por conta própria e suas conclusões acabam se cruzando com as de Justine: tem alguma coisa errada na casa de Alex.
O filme mistura terror e investigação criminal, é bem dirigido e encenado, mas a resolução do mistério é meio forçada. O público em geral acaba engolindo porque se envolve com os personagens, mas é preciso muita suspensão de credibilidade, sem falar no plo twist, que parece sair da cartola. Mas o impacto de A Hora do Mal é um passo adiante na careira do realizador Zach Cregger, a ponto de já estarem cogitando um prequel para sua história. O sucesso não vem impunemente.