Review | ARQ (Netflix)

A Netflix vem investindo na produção de séries e filmes com o seu selo, criando um novo mercado para produtores e cineastas. O mais recente é a ficção científica ARQ, dirigida por Tony Elliott, roteirista da série Orphan Black, e protagonizado por Robbie Amell (o Ronnie Raymond/Nuclear da série Flash) e Rachael Taylor (a Trish Walker da série Jessica Jones). Mesmo com seu baixo orçamento e uma história pouco inovadora, o filme deve agradar aos fãs do gênero.

Em um futuro onde as corporações batalham contra nações soberanas pela última das fontes de energia do mundo, o jovem engenheiro Renton e a enigmática Hannah tentam salvar uma tecnologia experimental que pode acabar com esta guerra: o ARQ. No entanto, Renton acaba isolado pela empresa em que trabalhava, que não quer saber de uma alternativa de energia sustentável para o mundo.

Assim, Renton torna-se o guardião da tecnologia, guardando-a a sete chaves em sua casa. No entanto, aos poucos ele descobrirá que o ARQ criou um laço no tempo, que o faz reviver um momento crítica: a invasão de sua residência por assaltantes em busca de seus créditos. Renton e Hannah precisarão unir forças para descobrir como parar o ciclo de tempo e sair vivo.

Intriga

O roteiro lembra os acontecimentos de No Limite do Amanhã, ficção científica protagonizada por Tom Cruise, em que seu personagem morre consecutivas vezes e revive o mesmo dia até descobrir um meio de mudar a história. Em ARQ, todos os acontecimentos se passam em um ambiente limitado: a casa de Renton.

Aos poucos, descobrimos mais sobre o relacionamento entre Renton e Hannah e as reais intenções dos assaltantes, que em um primeiro momento querem apenas créditos para financiar sua revolução e garantir o futuro a um planeta Terra à beira da destruição, como descobrimos aos poucos.

Sou fã de ficção científica pela “liberdade” que o gênero oferece. Mesmo com um rápido vislumbre de uma Terra apocalíptica, sabemos que ela está perto do fim e – pior ainda – que os interesses comerciais ainda se sobressaem frente à própria sobrevivência. A cada “renascimento”, os protagonistas descobrem novos detalhes que me fizeram insistir no filme até o fim (destaque para o momento Jogos Mortais no último terço).

Como admirador confesso de filmes que envolvem viagens no tempo (alguém falou em De Volta para o Futuro?), tal oportunidade de reviver o passado e refazer o futuro sempre me instigou. Ao final, ARQ não tem nada de inovador, mas ainda assim é um bom passatempo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *