Com trailer oficial, o filme Grande Sertão, dirigido por Guel Arraes, que também assina o roteiro junto com Jorge Furtado, tem estreia mundial marcada na 27ª edição do Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF), na Estônia, no próximo dia 10 de novembro, com a presença confirmada do produtor Manoel Rangel, da diretora de 2ª unidade e produtora artística Flávia Lacerda e do ator Luis Miranda.
O longa-metragem, produzido pela Paranoïd Filmes, em coprodução com a Globo Filmes, e distribuição da Paris Filmes, concorre na categoria Critics‘ Picks e ainda será exibido em outras duas sessões durante o festival, nos dias 12 e 13.
Protagonizado por Caio Blat (Riobaldo) e Luisa Arraes (Diadorim), o longa ainda traz no elenco nomes como Rodrigo Lombardi (Joca Ramiro), Eduardo Sterblitch (Hermógenes), Luis Miranda (Zé Bebelo), Mariana Nunes (Otacília) e Luellem de Castro (Nhorinhá).
Adaptação da obra-prima de Guimarães Rosa, o filme transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território dos bandidos da periferia urbana, em um tempo indeterminado.
A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim. A estreia nos cinemas está prevista para maio de 2024.
Guel Arraes – Diretor e Roteirista
Cineasta e ex-diretor da TV Globo, responsável por programas como TV Pirata, Programa Legal e Comédia da Vida Privada, seu primeiro longa-metragem para cinema na realidade foi uma versão condensada da minissérie que dirigiu para a TV, inspirada na peça de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida (2000).
O filme se tornou o campeão de bilheteria do ano, com mais de dois milhões de espectadores, e lhe rendeu o prêmio de melhor diretor no Grande Prêmio Cinema Brasil. Nascido em 1953, filho do político Miguel Arraes, viveu exilado com sua família na Argélia.
Começou sua carreira em Paris, no Comitê do Filme Etnográfico dirigido por Jean Rouch, considerado um mestre do cinema-verdade. Dirigiu documentários de curta-metragem em Super-8 e também o média Barbes Palace (1979), em parceria com Ricardo Lua.
Também dirigiu peças de teatro, e uma de suas montagens se transformou em seu terceiro longa-metragem, Lisbela e o Prisioneiro (2003), adaptação do texto de Osman Lins. Desde então, concilia sua atuação como diretor de TV com a de cineasta.
Flávia Lacerda – Diretora 2ª Unidade e Produtora Artística
Flávia Lacerda é pernambucana, nascida em Recife. Formada em Cinema e Etnologia pelas universidades de Paris 8 e Paris 7, na França. Mora no Rio desde 1998, quando fez assistência de direção no seu primeiro trabalho na Globo: O Auto da Compadecida.
Em 20 anos de profissão, às vezes escreveu, às vezes dirigiu ou codirigiu séries, novelas e especiais, entre eles: Sexo Frágil, O Programa Novo, Belíssima, Negócio da China, Natal do Pequeno Imperador, Dó-Ré-Mi- Fábrica, Tudo Novo de Novo, Clandestinos, Insensato Coração, Louco Por Elas, entre outros.
No cinema, recentemente codirigiu o Grande Sertão Veredas e deu consultoria de direção para Medida Provisória, O Debate e Beleza da Noite.
Jorge Furtado – Roteirista
Com extensa trajetória em Cinema e TV, é um dos mais importantes roteiristas e diretores do país. Nascido em Porto Alegre, produziu seus primeiros curtas O dia em que Dorival Encarou a Guarda (Sundance), Barbosa (Festival de Havana) e o premiado Ilha das Flores (Festival de Berlim).
Na década de 90 iniciou seu trabalho como roteirista para TV, assinando títulos como Comédia da Vida Privada, A Invenção do Brasil, Cidade dos Homens, Ó Pai, Ó, Decamerão, Doce de Mãe (Prêmios Emmys), Nada Será como Antes, Mister Brau, Sob Pressão e Todas as Mulheres do Mundo.
Em 2002, Jorge Furtado estreou como diretor do longa-metragem Houve Uma Vez Dois Verões, que foi seguido por O Homem Que Copiava (2001), Lisbela e o Prisioneiro (2003), Meu Tio Matou um Cara (2005), Saneamento Básico (2007), Homens de Bem (2011), O Mercado de Notícias (2014), Quem é Primavera da Neves (2017), entre outros.
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