Review | Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica (Disney+)

Lançamento da Pixar em 2020, Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica estava começando sua carreira nos cinemas quando veio a crise da Covid-19. Com as salas de exibição fechadas, o jeito foi lançá-lo on demand rapidamente. Mas ao contrário do que aconteceu com outras produções abalroadas pela pandemia, a Disney jogou a animação direto no streaming (Amazon Prime Video, até a chegada da Disney+ no Brasil), sem passar pela locação tipo Now. Um mau sinal?

Bom, se não chega a ser um desastre, Dois Irmãos fica longe daquele padrão de excelência Pixar que já nos deu obras-primas como Wall-E, Up e mais recentemente Divertida Mente e Viva – A Vida é uma Festa. Fica no patamar do único trabalho anterior do diretor Dan Scanlon, Universidade Monstro, que ainda sofreu com a comparação com o já clássico Monstros S.A..

Os irmãos Ian e Barley Lightfoot (os vingadores Tom Holland e Chris Pratt na versão legendada) são elfos que vivem num mundo habitado por seres míticos, onde a magia deu lugar à tecnologia e à sociedade de consumo. Ao completar 16 anos, Ian recebe da mãe, Laurel (Julia-Louis Dreyfuss, de V.I.P. e Seinfeld), um cajado de mago deixado pelo pai, que morreu logo após seu nascimento.

Barley, mais velho, é um nerd que coleciona cards e miniaturas sobe o passado místico de seu mundo, e encontra um feitiço capaz de trazer o finado entre um pôr do sol a outro. Só que a pedra mágica não resiste e eles só conseguem conjurá-lo da cintura para baixo. Começa então uma jornada dos dois irmãos em busca de outra gema para completar o encanto antes do próximo crepúsculo. Ironicamente, o que falta para este mundo mágico funcionar é justamente aquela magia que é marca registrada da Pixar.

Entre os dubladores famosos também está Octavia Spencer (Histórias Cruzadas, Estrelas além do tempo) como a Mantícora, originalmente um dos monstros míticos mais terríveis, aqui transformada numa dona de restaurante de beira de estrada “bem atrapalhada”, como diriam as chamadas da Sessão da Tarde.

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Marcos Kimura http://www.nerdinterior.com.br

Marcos Kimura é jornalista cultural há 25 anos, mas aficionado de filmes e quadrinhos há muito mais tempo. Foi programador do Cineclube Oscarito, em São Paulo, e técnico de Cinema e Histórias em Quadrinhos na Oficina Cultural Oswald de Andrade, da Secretaria de Estado da Cultura.

Programa o Cineclube Indaiatuba, que funciona no Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá duas vezes por mês.

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