Review – Independence Day: O Ressurgimento

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Em 1996, quando Roland Emmerich dirigiu Independence Day, muitos achavam que uma continuação era mais do que certa. Seu sucesso foi tão grandioso quanto a destruição que os alienígenas causaram no planeta Terra naquele primeiro longa metragem. Mas não foi o que aconteceu. Anos se passaram e nada de um segundo Independence Day nas telonas.

A espera demorou 20 anos! Somente em 2016 que a Terra voltou a ser ameaçada em Independence Day: O Ressurgimento, dirigido pelo mesmo Roland Emmerich. No novo filme também se passaram 20 anos desde o primeiro ataque, que uniu o mundo como jamais visto. Com a vitória, a raça humana avançou rapidamente no que diz respeito à tecnologia e armamento, possibilitando a construção de bases militares em todos os planetas do Sistema Solar. Mas a paz está com seus dias contados com a chegada de uma nova ameaça, ainda mais poderosa que o primeiro levante contra a Terra.

Assim como o primeiro filme, Independence Day: O Ressurgimento não tem pretensões de desenvolver em uma narrativa complexa e profunda. O próprio ritmo emprego por Emmerich ao filme deixa isso claro. O diretor não perde tempo desenvolvendo personagens ou detalhes de uma história que não tem muita coisa pra contar. Aqui a coisa é simples: eles estão voltando e temos que sobreviver! Em pouco mais de meia hora de projeção os personagens principais já foram apresentados e a trama, que é simples, já está estabelecida. O restante do filme reserva espaço para o que ele realmente veio: entreter com destruição e computação gráfica da melhor qualidade.

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Emmerich sabe dimensionar a catástrofe vista em tela. As naves alienígenas são gigantescas, e reduzem grandes metrópoles às cinzas em questões de segundos. O sentido de urgência é outro que está sempre notório nas cenas do diretor alemão. Os personagens estão sempre correndo atrás do prejuízo e tentando escapar das mais diversas situações. O ritmo é frenético, não te deixa descansar. E, apesar de ter como plano de fundo temas de ficção científica, o filme se assume como fantasia e não exige de si mesmo que cada descoberta ou experimento realizado na tela seja explicado. Eles simplesmente acontecem. E isso é muito bom quando se fala de Independence Day.

Talvez, o maior pecado desta continuação seja a falta de originalidade. Para quem lembra do primeiro título, Independence Day: O Ressurgimento parece mais uma colagem da obra original. Muitas das cenas são exatamente iguais ao primeiro longa em sua reprodução e até mesmo no plano de câmera utilizado. Além disso, a narrativa abusa dos mesmos clichês formulaicos do título de 1996: descoberta, ameaça, nova descoberta que vai salvar o mundo, discurso de guerra, combate, sacrifício. Está tudo lá, só que com alguns milhões a mais.

No final, mesmo que Independence Day: O Ressurgimento não se recicle  utilizando tudo o que o cinema nos mostrou de novo nestes últimos 20 anos, o filme diverte e fascina os olhos de quem o assiste. E convenhamos, para Independence Day, isso é tudo o que precisamos.

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