A Disney segue firme e forte na onda de repaginar os seus clássicos que influenciaram gerações. Mary Poppins é a bola – ou pipa – da vez.
Para quem adora o musical de 64, com Julie Andrews soltando a voz, esta continuação com Emily Blunt no papel principal deve funcionar mais pela nostalgia do que por outro motivo.
Numa Londres abalada pela Grande Depressão, Mary Poppins (Emily Blunt de O Caçador e a Rainha de Gelo) desce dos céus novamente para ajudar Michael (Ben Whishaw de As Aventuras de Paddington 2) e Jane Banks (Emily Mortimer de Carros 2), agora adultos trabalhadores, a não perder a casa para o banco de William Wilkins (Colin Firth de Nanny McPhee – A Babá Encantada). As crianças Annabel (Pixie Davies de O Lar das Crianças Peculiares), Georgie (Joel Dawson) e John (Nathanael Saleh) vivem com os pais na mesma casa de 24 anos atrás e precisam da babá enigmática e o acendedor de lampiões otimista para trazer alegria e magia de volta para suas vidas.
Embora o design de produção seja elogiável – nada como ter o nada prolífico Rob Marshall (Chicago) dirigindo – o filme é deveras longo e sofre com um miolo inchado com números musicais demais e Emily Blunt de menos.
O Retorno de Mary Poppins tem muito mais força e carisma quando Mary Poppins é a protagonista de sua própria história, principalmente na primeira parte onde uma criativa sequência em live-action envolve os personagens com animações 2D e nos minutos finais de tons aventurescos no Big Ben.
No mais, o elenco de apoio está bem, com destaque para Lin-Manuel Miranda, o trio de crianças que por diversas vezes rouba a cena e para as aparições quase surpresa de Meryl Streep (Caminhos da Floresta), Dick Van Dyke (Mary Poppins) e Angela Lansbury (A Bela e a Fera).
O filme ainda deixa uma mensagem para os adultos sobre despertar a criança interior para encarar os problemas da vida, é preciso esforço nesse despertar para se entreter pelas mais de duas horas de duração do longa.
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