Parques temáticos não costumam ser frequentes em filmes de terror, Pague para Entrar, Reze para Sair e A Casa dos 1000 Corpos são alguns raros exemplos deste subgênero que até hoje deve ter Premonição 3 como destaque.
Com isso, Parque do Inferno chama atenção por reunir jovens amigos em um parque temático na noite de Halloween enquanto um assassino mascarado os persegue. Mas a execução…
O diretor Gregory Plotkin – do último capítulo da franquia Atividade Paranormal – não é capaz de fugir dos clichês do gênero, justamente por isso ele faz de Parque do Inferno um terror que abusa dos jumpscares aliados aos cansativos sons estridentes, personagens típicos dos slashers, vilão mal aproveitado e cenários desperdiçados.
Parque do Inferno não tem grandes pretensões e tampouco inova no gênero como outro slasher recente: A Morte Te Dá Parabéns, este sim um filme com plot simples e que até pode ser comparado a outros exemplares, mas que sabe fugir da mesmice. Não é à toa que em breve ganhará uma continuação.
O filme é tão mal pensado – o problema de ter tantas cabeças envolvidas no roteiro – que nem mesmo a data festiva do Halloween serve de algo, já que os adolescentes não estão fantasiados, eles passam boa parte do filme entrando em casas com labirintos repletos de sustos, armadilhas, corredores apertados e Plotkin não parece saber o que fazer com eles.
Nem a presença de Tony Todd (de Premonição e O Mistério de Candyman) é bem resolvida no filme, funcionando apenas como uma pequena ponta que passará despercebida à maioria.
De bom, se é possível gostar de algo no meio de tanta bobagem, resta a ótima aura sombria dos labirintos, além da fotografia em tons de preto e vermelho que dão ao filme uma sensação de clausura.
O filme ainda reserva bons minutos finais em um dos labirintos, momento em que Plotkin consegue nos ambientar, utiliza bem suas personagens principais e, mesmo com algumas bobagens, se sai bem no sentido de causar aflição, é pena que seja um raro momento na 1h30 de duração.
Vale destacar também o final fora do comum para o gênero, mas que é avulso e acaba servindo apenas para chocar o público de uma maneira apelativa.
De resto é sofrível e não vale o investimento, talvez somente um balde de pipoca em casa com os amigos.
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