Não importa sua idade, afinal de contas, Tom e Jerry são parte integrante da cultura pop antes mesmo dela existir, quando estrelaram uma série de curtas-metragens criada por William Hanna e Joseph Barbera entre 10 de fevereiro de 1940 e 7 de setembro de 1967 para a Metro-Goldwin-Mayer.
Desde então, foram diversas versões e produtoras, que mantiveram a dupla de gato e rato no imaginário popular. Sendo assim, nada mais justo que comemorar estes mais de 80 anos de história com uma versão para os cinemas. Tom & Jerry: O Filme, em cartaz em todo o Brasil, pode ser considerada a primeira grande estreia de 2021.
Quando se trata de levar personagens conhecidos para a tela grande, o debate é sempre o mesmo: deve-se apostar na mistura entre animação e live-action ou criar versões realistas dos protagonistas? Nos últimos anos, vimos apostas nestas duas direções, algumas bem-sucedidas (como O Rei Leão, de 2019) e outras nem tanto (Pica-Pau, de 2017).
Quem não se lembra da polêmica em torno de Sonic: O Filme (2020), cuja primeira versão live-action do protagonista foi tão criticada pelo público que obrigou o diretor Jeff Fowler e sua equipe, com o aval da Paramount Pictures, a voltar para a mesa de edição e refazer o design do personagem?
O fato é que, quando se trata de personagens cultuados, a audiência pode ser cruel. Por isso, a Warner resolveu apostar na mistura entre animação e live-action neste Tom & Jerry: O Filme, que reúne a eterna disputa entre gato e rato com uma história de superação e outros elementos que não podem faltar em filmes para a família.
- Confira os horários das sessões de Tom & Jerry: O Filme no Topázio Cinemas
Rivalidade
A sinopse é a seguinte: uma das rivalidades mais amadas da história é reacendida quando Jerry se muda para o melhor hotel de Nova York na véspera do “casamento do século”, forçando a desesperada organizadora do evento, Kayla (Chloë Grace Moretz, de Kick-Ass 2), a contratar Tom.
A batalha de gato e rato que se segue ameaça destruir a carreira dela, o casamento e até o próprio hotel. Mas logo surge um problema ainda maior: Terrance (Michael Peña, de Homem-Formiga), um funcionário diabolicamente ambicioso, conspira contra os três.
Com direção de Tim Story (Quarteto Fantástico) e roteiro de Kevin Costello, Tom & Jerry: O Filme é uma sucessão de clichês. Se fazem presentes a jovem que não sabe bem o que fazer com seu futuro e busca seu lugar no mundo; o funcionário ambicioso que não mede esforços para se dar bem no emprego; o evento cuja grandiosidade se torna também uma barreira emocional. Enfim, os dramas estão todos lá.
Em meio a tudo isso, Tom e Jerry mantém sua eterna disputa, até o momento em que precisam trabalhar juntos. Oras, ninguém esperava por nada menos que isso, certo? E se o filme funciona, é exatamente porque conhecemos e amamos estes personagens há décadas.
Sua disputa é a força motriz de um filme onde o vilão não é tão mal assim e a protagonista não é tão boazinha como se pensa. E cabe a Tom e Jerry comandar este espetáculo de diversão, lições de moral e um pouco mais de diversão, com a presença de outros personagens já conhecidos desta história de oito décadas.
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