Review | Missão: Impossível – Efeito Fallout

Missão: Impossível é uma das franquias de ação que mais deu certo no cinema. Muito desse sucesso se deve graças à estrela de Tom Cruise, que conseguiu, como produtor e protagonista, levar a adaptação da série televisiva dos anos 60 e 70 para os cinemas.

Em 1996, Brian De Palma dirigiu o primeiro Missão: Impossível. Uma trama de espionagem, típica dos filmes de ação da época, sempre revisitada nos filmes de James Bond, porém com eletrizantes reviravoltas e cenas de ação até então poucas vezes vistas nas telonas.

E é exatamente nesta mistura do estilo moderno de cinema, aliado ao clássico duelo entre espiões, que reside o principal trunfo da nova franquia, que ressurgiu não apenas contemporânea, mas também fazendo um cinema de vanguarda.

Cinco filmes depois, a franquia passou pelas mãos de John Woo (Missão: Impossível 2), J.J. Abrams (Missão: Impossível 3) e Brad Bird (Missão: Impossível – Protocolo Fantasma). Christopher McQuarrie assumiu a direção no ótimo Missão: Impossível – Nação Secreta e agora torna-se o primeiro a comandar dois filmes da franquia com Missão: Impossível – Efeito Fallout, no qual a série cinematográfica alcança o seu auge.

Numa década onde os filmes de super-heróis estão em alta e fazendo milhões em bilheteria, seria difícil não ver Tom Cruise levando um desses atores para o elenco de Missão: Impossível (desculpa Jeremy Renner, mas o Gavião Arqueiro fica de lado). Talvez a presença de Henry Cavill – o atual Superman do cinema – tenha afastado Renner (Capitão América: Guerra Civil) do projeto, mas é curioso que depois de não aparecer em Vingadores: Guerra Infinita, Renner também não marque presença em uma franquia onde ele começava a ganhar destaque.

A trama de Missão: Impossível – Efeito Fallout não é nada significativa em termos de roteiro engenhoso. É até bastante simples. Após a já consagrada sequência de abertura onde algo dá errado e se seguem os créditos iniciais com a trilha clássica, a equipe de Ethan Hunt deve se reunir para recuperar três artefatos nucleares que estão em mãos inimigas, com Walker (Cavill), um especialista de campo da CIA, acompanhando o grupo a mando de Erica Sloan (Angela Bassett, de Pantera Negra) e a contragosto de Ethan.

Christopher McQuarrie, que também assina o roteiro, trata Efeito Fallout como uma sequência direta de Nação Secreta, com isso, a volta de um inimigo do passado é crucial para fechar todas as pontas soltas. Aliás, todas as voltas são muito bem-vindas aqui, principalmente as femininas.

A presença de Michelle Monaghan (A Supremacia Bourne) traz a emoção necessária que havia faltado nos dois capítulos anteriores. E Rebecca Ferguson (O Rei do Show), se não tem o mesmo destaque que teve em Missão: Impossível – Nação Secreta, ainda assim encontra brechas para brilhar com sua Ilsa Faust.

Reviravoltas

Por falar em voltas, as reviravoltas continuam marcando presença – ora previsíveis, ora surpreendentes – e são bem orquestradas, sem subestimar o público e sem deixá-lo confuso demais, mas o principal de tudo são as exímias cenas de ação.

Contamos com, no mínimo, cinco grandes cenas de tirar o fôlego. Não há apenas uma cena de perseguição, não há apenas uma cena de troca de socos, não há apenas uma cena aérea. McQuarrie adicionou um extra a tudo o que fez no capítulo anterior e isso deixa o espectador vidrado no filme o tempo todo. Sobra pouco tempo para respirar.

Arrisco a dizer que Missão: Impossível – Efeito Fallout é o filme mais eletrizante desde Mad Max: Estrada da Fúria (2015). Os fãs de ação vão delirar com Tom Cruise correndo por telhados, pulando de um avião, trocando socos com Henry Cavill, em perseguição numa moto sem capacete pelas ruas de Paris e, claro, pilotando um helicóptero.

Enfim, Missão: Impossível – Efeito Fallout resume muito bem tudo o que a franquia já foi, mas sabendo tirar dela o suprassumo da ação. Vale a pena conferir!

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