Review | Raya e o Último Dragão

Raya e o Último Dragão é o primeiro longa-metragem Disney a estrear nos cinemas durante a pandemia – Mulan e Soul foram lançados no streaming – e já teve sua carreira no Brasil prejudicada pela fase vermelha em todo o Estado de São Paulo. Quem assina o Disney+ pode pagar R$ 69,90 (!) além da assinatura mensal, e assistir agora. Ou esperar até 19 de abril quando a animação será liberada aos demais clientes. Coisa de maluco.

Trata-se da história de uma princesa que tem a missão de salvar seu povo indo atrás de um artefato sagrado com a ajuda de um ser místico. Bom, podia ser Moana, né? Só que agora, a inspiração é a cultura do sudeste asiático, envolvendo a Tailândia, Vietnã, Cambodja, Myanmar, Malaysia, Indonésia, Filipinas e Laos.

Todas essas nações e povos são reunidos na mítica terra de Kumandra, em que os homens viviam em paz e harmonia com a natureza, protegidos pelos dragões, até que monstros negros chamados Druun começam a transformar todos em pedra.

Por meio do sacrifício do dragão Sisu, a praga é extinta. Mas os povos se separaram, pelo medo e ambição, em diversas nações: Cauda, Garra, Coluna, Presa e Coração. Esta é a terra da heroína Raya, e que abriga a joia sagrada de Sisu. Um incidente envolvendo confiança e traição parte o artefato em pedaços e traz os Druun de volta.

Seis anos depois, Raya, já adulta, parte numa jornada em busca de Sisu em terras devastadas pelos monstros. Ela descobre que, se reunir os pedaços espalhados pelos reinos, terá uma chance de redimir o passado.

Empoderamento

A tendência do empoderamento feminino, que começou com Frozen, segue firme e forte, mesmo porque, qual o grande mercado da Disney? Princesas, é claro. A protagonista é consistente, tem uma sólida antagonista e os coadjuvantes são divertidos, mas os personagens masculinos ou são crianças, caricaturas, ou figuras simbólicas. Faz sentido dentro do cenário atual, mas pode gerar uma distorção perigosa com o tempo.

Se, como disse no início, falta alguma originalidade no enredo, sobra imaginação nos cenários, figurinos e cenas de ação. Talvez sirva para redimir a Disney da péssima versão live-action de Mulan, porque é um produto melhor dentro do cenário do Extremo Oriente. Mas não é um novo Frozen nem mesmo Moana.

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