Review | The Dirt – Confissões do Mötley Crüe

Será que depois do “boom” dos super-heróis vem aí a era dos filmes de astros do rock?

Bohemian Rhapsody tá aí pra provar que bilheteria dá pra fazer e o vindouro Rocketman é um filme que gera no mínimo um certo interesse por Taron Egerton soltar a voz.

The Dirt – Confissões do Mötley Crüe é a nova aposta da Netflix neste subgênero que aos poucos está voltando aos holofotes de Hollywood.

Depois das reações negativas que Bohemian Rhapsody recebeu por parte da crítica – que eu acho justas, mas ainda assim consigo gostar do filme – devido à sutileza com que aborda temas polêmicos do Queen e da vida de Freddie Mercury, era desejado que este longa sobre o Mötley Crüe seguisse pelo caminho mais ousado.

Ouvindo às músicas e assistindo aos shows pirotécnicos da banda era de se esperar algo muito rock’n’roll, e os nomes envolvidos na produção também animam.

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Dirigido por Jeff Tremaine, criador e diretor de Jackass e com roteiro escrito por, entre outros nomes, o de Rich Wilkes – que também escreveu o roteiro do divertido Os Cabeça-de-Vento de 1994 – o hype aumenta e logo pensamos: finalmente vão fazer um baita filme com sexo, drogas e rock’n’roll para maiores de 18 anos!

O filme tem tudo isso, nota-se a ousadia e as loucuras de alguém que já dirigiu diversos filmes do Jackass, mas toda essa adrenalina fica jogada no meio de um roteiro frouxo que não parece ter começo, meio e fim.

Faltam coisas básicas vistas em filmes de bandas, como shows históricos, turnês em outros países, criações de músicas, melodias e letras, além disso, os membros da banda são tratados como caricaturas deles mesmos, com zero profundidade, eles parecem apenas loucos irresponsáveis que transam e usam drogas em nome do rock’n’roll.

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Se a intenção era dar atenção aos momentos mais marcantes dos bastidores da banda creio que o filme consiga seu objetivo, há sequências bastante engraçadas que são comuns no mundo do rock e que acabam virando lenda entre os fãs, como um encontro inusitado e escatológico com Ozzy Osbourne, entre outros.

Por conseguir sair do comum em diversos momentos é que o filme se salva, mas ainda faltou liga no meio dessa bagunça, é rock’n’roll, mas quem não conhece a banda pode continuar sem conhecer após o filme e apenas se perguntar: quem é esse bando de loucos?

Vai ver é isso que Tremaine queria, não nos perguntamos o mesmo quando assistimos Jackass?

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