Globoplay estreia terceira temporada de Killing Eve

Killing Eve: Dupla Obsessão (OMG, quem inventa esses subtítulos em português?) se tornou um fenômeno internacional, mostrando que Sandra Oh tinha uma vida pós-Grey’s Anatomy, ganhando o Globo de Ouro pelo papel, e revelando ao mundo a sensacional Jodie Comer, vencedora do Emmy com sua Vilanelle. A Globoplay estreou há pouco a terceira temporada da série da BBC America, desenvolvido para a televisão por Phoebe Waller-Bridge, que se tornou uma grife após o sucesso da segunda temporada de Fleabag, mas é baseada numa série de contos do escritor Luke Jennings.

Phoebe, no entanto, foi showrunner apenas na primeira temporada, sendo sucedida por Emerald Fennell (que foi a Camila, futura Parker-Bowles, em The Crown); e depois por Suzanne Heathcote (Fear the Walking Dead). A quarta temporada terá o comando executivo de Laura Neal (que se familiarizou com Killing Eve escrevendo quatro episódios da atual temporada).

Esse revezamento de showrunners – todas mulheres – talvez tenha como objetivo renovar o folego a cada ano, mas resulta mais em um desencontro de ideias. O ponto de partida é uma investigação do MI-5, o FBI britânico, sobre assassinatos misteriosos ocorrendo em toda a Europa. Uma agente de escalão inferior, Eve Polastri (Sandra Oh), percebe um padrão e convence sua superior Carolyn Materns (Fiona Shaw, a tia Petúnia de Harry Potter, que é uma daquelas atrizes que sempre valem seu salário) a enviá-la a campo.

Ela identifica a assassina profissional Vilanelle (Jodie Comer), que trabalha para uma misteriosa corporação com alcance global. Eve é uma dona de casa que não pode revelar ao marido, o professor Niko (Owen McDonnell) no que trabalha, porque o serviço é secreto; enquanto Vilanelle é sedutora, hedonista e ama o que faz, que é matar pessoas. À medida que a trama evolui, as duas vão ficando cada vez mais fascinadas uma pela outra e pelo perigo que a outra representa para si.

Obsessão

A primeira temporada da criativa Phoebe Waller-Bridge conquistou o mundo com sua trama de gato e rato que se transforma num jogo de obsessão e sedução. O desfecho é chocante, tanto serviria para um final aberto como gancho para uma seqüência – que foi o que aconteceu. A segunda começa de forma divertida, dando um tom mais infantil para a psicopatia de Vilanelle, prossegue com o relacionamento de Eve e Niko se deteriorando, mas termina numa espécie de dejá vu que não ajuda nada a série.

Se no segundo ano Eve andava meio perdida, na terceira sua participação é quase secundária, com o destaque indo quase todo para Vilanelle, com sua criação tanto dentro do serviço secreto russo (como os roteiristas tem saudades da KGB!) quanto sua família disfuncional (que renderam os melhores episódios da temporada).

Além de suas ótimas protagonistas, Killing Eve se sustenta com coadjuvantes excelentes, como a já citada Catherine, uma veterana da Guerra Fria, com diversos amantes e mortes nas costas; e Constantin (Kim Bodnia, da série A Ponte), o contato de Vilanelle, de quem acaba sendo uma espécie de tutor.

Os anos no serviço secreto cobram seu preço no relacionamento distante de Catherine com os filhos Kenny (Sean Delaney) – que vai trabalhar no MI-5 para se aproximar da mãe – e Geraldine (Gemma Whelan, a Yara Greyjoy de Game of Thrones), que só aparece nesta temporada. Constantin também tem um relacionamento conturbado com a ex-mulher e a filha Irina (Yuli Lagodinsky).

 

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