Review | The Boys Apresenta: Diabólicos (Prime Video)

The Boys Apresenta: Diabólicos (The Boys Presents: Diabolical), antologia animada de oito episódios, está disponível no Prime Video e é uma boa pedida para os fãs da série. Boa porque nem todos os episódios mantém a qualidade nesta primeira temporada, mas a variedade de estilos e o absurdo de certas situações, ao melhor estilo da série original, fazem valer o passeio.

Antes de tudo: se você não conhece a série, mas se interessou pelas animações, recomendo que assista as duas primeiras temporadas antes de visitar Diabólicos.

Isso porque algumas situações apresentadas se encaixam neste universo inspirado nos quadrinhos criados por Garth Ennis e Darick Robertson, mas podem parecer estapafúrdias em uma primeira visita.

The Boys é uma construção de universo de super-heróis onde ninguém é o que parece ser e os defeitos, psicoses, neuras e transtornos de qualquer um, também fazem parte da vida dos que tem superpoderes, tornando-os humanos, de alguma maneira.

Lembre-se que Diabólicos é uma série de animação para adultos, única e exclusivamente. Confira um resumo de cada episódio abaixo, na ordem de exibição, com notas de 0 a 5.

Laser Baby’s Day Out (O Passeio do Bebê Laser)

Roteiristas: Evan Goldberg e Seth Rogen
Diretores: Crystal Chesney-Thompson e Derek Thompson
Estilo de animação: Inspirado em curtas animados clássicos americanos

A antologia começa bem com um episódio que mistura os clássicos de animação de Looney Tunes e o filme Ninguém Segura esse Bebê (1994) com um toque (bem servido) da sanguinolência de The Boys.

De posse da Vought, uma bebê que solta raio laser pelos olhos é colocada na lista de dispensáveis, mais um funcionário da empresa, apegado à criança, fará de tudo para salvá-la. Ou será o contrário? Divertido e até mesmo emocionante, apesar das decapitações e mortes.

Nota: 4

An Animated Short Where Pissed-Off Supes Kill Their Parents (Um Curta Animado onde alguns Super Zangados Matam seus Pais)

Roteiristas: Justin Roiland e Ben Bayouth
Diretor: Parker Simmons
Estilo de animação: Inspirado pela estética de Justin Roiland

Animação inspirada na estética de Justin Roiland, cocriador de Rick & Morty, um dos roteiristas do episódio, traz o ‘lado negro’ dos superpoderes oferecidos pelo Composto V.

Em uma república comandada pela Vought, diversos adolescentes ‘negociados’ por seus pais com a empresa e detentores de poderes nada convencionais e pouco usuais resolvem se vingar e matar seus progenitores. É isso mesmo. Assim a sanguinolência começa, no estilo The Boys.

O episódio deixa uma janela ao final, que pode dar origem a um spin-off animado. Quem sabe?

Nota: 3

I’m Your Pusher (Eu Sou Seu Traficante)

Roteirista: Garth Ennis
Diretor: Giancarlo Volpe
Estilo de animação: Uma homenagem aos quadrinhos originais de The Boys

No episódio mais fiel aos quadrinhos, roteirizado pelo próprio Garth Ennis, Billy Butcher obriga o fornecedor de drogas dos principais heróis em atividade, incluindo o Capitão Pátria, a colocar um composto diferente na encomenda do Grande Espetaculoso, que está prestes a entrar para Os Sete.

O resultado? Muita sanguinolência, mortes e os heróis da Vought inventando as desculpas mais estapafúrdias possíveis para controlar – ou fugir – da situação. Divertido episódio para entender o modus operandi de Butcher e seus amigos.

Nota: 5

Boyd in 3D (Boyd do 3D)

Roteirista: Eliot Glazer
História concebida por: Eliot Glazer e Ilana Glazer
Diretora: Naz Ghodrati-Azadi
Estilo de animação: Inspirado em quadrinhos e animações francesas

Uma crítica aos tempos atuais é o que traz este episódio, que conta a história de um jovem tímido que busca forças para conversar com a vizinha. Desesperado, ele aceita participar de um experimento da Vought com uma loção que transforma seu usuário no que ele mais deseja.

O novo casal então encontra a fama, mas logo percebe o quanto ela é passageira e como o produto não é tão confiável assim. Episódio abre sequência menos sanguinolenta de Diabolicals.

Nota: 3

BFFs – Melhores Amigas

Roteirista: Awkwafina
Diretora: Madeleine Flores
Estilo de animação: Inspirado em clássicas animações matinais

Episódio roteirizado por Awkwafina, de Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, é um dos mais estranhos – e chatos – desta primeira temporada da antologia.

Jovem em busca de afirmação com as amigas resolve fazer uso do Composto V que chega às suas mãos inadvertidamente e dá origem a um cocô fofo e sem função nenhuma. Ao final do episódio, descobre seu verdadeiro superpoder – e a coisa fica pior ainda.

Nota: 1 (por respeito)

Nubian vs Nubian (Núbio vs Núbia)

Roteirista: Aisha Tyler
Diretor: Matthew Bordenave
Estilo de animação: Inspirado em animes

Quando dois heróis de mesma origem enfrentam um adversário em comum, surge um novo casal. Anos depois, a filha deles resolve dar um jeito no relacionamento dos pais, que estão prestes a se separar.

Como? Vai atrás do antigo vilão e pede que ele os enfrente novamente. Tudo isso para descobrir mais uma armação da Vought e que nem sempre é bom que seus sonhos se realizem. Episódio mediano.

Nota: 2

John and Sun-Hee (John e Sun-Hee)

Roteirista: Andy Samberg
Diretor: Steve Ahn
Estilo de animação: Inspirado em dramas e filmes de terror coreanos

Um casal de idosos estrela o episódio mais estilizado da antologia, roteirizado por Andy Samberg (Brooklyn Nine-Nine). Prestes a perder a esposa com câncer, John resolve salvá-la ao aplicar uma dose do Composto V em suas veias.

Mas o resultado, como sempre, é inimaginável. Tocante e nada violento, é um dos episódios mais politicamente corretos da antologia.

Nota: 3

One Plus One Equals Two (Um Mais Um é Igual a Dois)

Roteirista: Simon Racioppa
Diretores: Jae Kim e Giancarlo Volpe
Estilo de animação: Uma visão sombria das animações de super-heróis americanas

O episódio mais canônico da antologia mostra o Capitão Pátria em sua primeira missão como arma da Vought. Em busca de seu espaço, ele é levado a crer que Black Noir é um espião e que precisa tirá-lo de seu convívio.

No entanto, não é bem isso que acontece. Principalmente após um banho de sangue em uma situação envolvendo reféns, bem no estilo The Boys, encerrando a antologia com chave de ouro.

Nota: 5

 

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