Review | Power

A Netflix tem emplacado longas de ação de sucesso nesta quarentena. O primeiro foi Resgate, com Chris ‘Thor’ Hemsworth; depois The Old Guard, estrelado pela Charlize ‘Furiosa’ Theron; e agora Power, com a dupla Jamie Foxx e Joseph Gordon-Levitt.

Além de serem produções – como classificou Roberto Sadovski – médias, que fariam carreira protocolar nas salas de cinema, todas têm em comum estrelas de primeira grandeza à frente do elenco e a inspiração em histórias em quadrinhos. OK, Power não é baseado em nenhuma obra de arte sequencial, mas o tema e a estética é toda HQ.

A dupla de diretores, Henry Joost e Ariel Schulman, têm no currículo Viral e Nerve: Um Jogo Sem Regras, mas o destaque aqui é o roteirista Mattson Tomlin, que co-assina o script do futuro The Batman, junto com o diretor Matt Reeves. Ou seja, estamos vendo algo em comum com a aventura do Homem-Morcego de Robert Pattinson?

A trama não poderia ser mais básica: um grupo de traficantes chega a Nova Orleans para distribuir uma droga que dá superpoderes ao cliente por cinco minutos. Detalhe: cada pessoa desenvolve uma habilidade específica, algumas mais comuns, outas mais raras.

Joseph Gordon-Levitt e Jamie Foxx em cena de POWER

A adolescente Robin (se você, como eu, viu Dominique Fishback em The Deuce, vai confirmar que ela é um talento), negra, pobre e rapper talentosa, é um “vapor” menor das cápsulas de power (chegamos ao cúmulo de traduzir o título original Project Power para Power…).

Seu intuito é levantar dinheiro para pagar as despesas médicas da mãe diabética. Assim, se torna protegida do policial Frank (Joseph Gordon-Levitt voltando ao seu Blake de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge), que tenta combater fogo contra fogo.

Os caminhos de ambos se cruzam com o misterioso Major (Jamie Foxx fodão), que está atrás de quem distribui a droga. Um dos elos da corrente é nosso Rodrigo Santoro, que participa da melhor cena do filme, um tiroteio numa boate (repare no ponto de vista da filmagem).

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades

Aos poucos, Power conta a verdadeira razão pela qual Major está em busca da empresa que desenvolve as cápsulas de poder, mesmo que muita coisa não seja explicada em detalhes. No entanto, dá para se envolver com sua busca.

Ao final, Power é bom? Se não é de perder o fôlego como Resgate – só para ficar nos citados acima – é uma boa diversão como The Old Guard: cheio de clichês, bastante previsível, mas com boas cenas de ação, efeitos legais e sustentado pelo carisma de suas estrelas. Destaque também para a ambientação em New Orleans, que não é tão comum, especialmente o bairro francês e os clubes de jazz.

Goste ou não, uma coisa é certa: a exemplo dos filmes anteriores que citei lá no primeiro parágrafo, Power também tem tudo para virar uma franquia. Possibilidade, inclusive, cogitada por um dos protagonistas desta típica aventura de sessão da tarde ao final do filme.

Rodrigo Santoro vive um traficante das cápsulas superpoderosas

 

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