Se o streaming da Apple estreou semana passada com as boas séries The Morning Show e For All Mankind, além de See (que ainda não assisti), agora chegou a vez do aguardado Disney+. Só que apenas nos Estados Unidos…
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Como atração de peso em sua estreia, a empresa do Mickey lançou The Mandalorian, primeiro seriado live–action do universo Star Wars, um investimento que envolve não apenas efeitos especiais de cinema, como também as presenças de Jon Favreau (Homem de Ferro, Mogli e O Rei Leão) como showrunner, episódios dirigidos por gente como David Filoni (criador de Clone Wars e Star Wars Rebels), Taika Waititi (Thor: Ragnarok) e a atriz Bryce Dallas Howard (estrela dos dois Jurassic World).
O elenco conta ainda com Pedro Pascal (Game of Thrones e Kingsman: O Círculo Dourado), Nick Nolte (48 Horas), Giancarlo Esposito (Breaking Bad), Gina Carano (Deadpool) e Ming-Na Wen (Agents of Shield). Mas a participação mais curiosa é do grande cineasta Werner Herzog, um dos integrantes do tripé do Novo Cinema Alemão (junto com Wim Wenders e Rainer Werner Fassbinder) e que na época do Episódio 4 era um dos diretores mais respeitados do mundo.
Western
Já na abertura é apresentada a carta de intenções de Favreau: fazer desse show um western espacial, com direito a briga no saloon, que remete à famosa cena do primeiro filme da franquia de George Lucas. O personagem central é um caçador de recompensas mandaloriano (Pascal) sem nome e, ao menos no primeiro episódio, sem rosto, já que como todos de sua raça, não costuma tirar o elmo.
Eu disse caçador de recompensas mandaloriano? Lógico que pensamos em Boba Fett, o bounty hunter que leva o congelado Han Solo para Jabba The Hut entre O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi. Ele estava cotado para ganhar um longa para chamar de seu, mas embora não se trate do mesmo personagem, podem muito bem ter reciclado algum esboço de roteiro que não foi pra frente.
Após entregar alguns fugitivos a seu contratante (Carl Weathers, o eterno Apollo ‘Doutrinador’ Creed dos quatro primeiros Rocky), ele é encaminhado para um misterioso cliente (Herzog), que tem stormtroopers como guarda-costas (a ação se passa entre o fim do Império e a ascensão da Primeira Ordem). Sua missão é eliminar um alvo num planeta distante e desértico (como quase toda galáxia de Star Wars).
Desconcertante
Bom, até aqui é uma espécie de prólogo, e o restante já seria spoiler. Vamos dizer que o faroeste nas estrelas continua, com direito a citação explícita de Meu Ódio Será Sua Herança, do diretor Sam Peckinpah. No final deste primeiro capítulo, uma surpresa desconcertante.
Dar nota baseado em apenas um episódio é precipitado, mas ao que tudo indica, os fãs de Star Wars continuarão abastecidos de novas aventuras daquela galáxia muito, muito distante, mesmo após o fim da Saga Skywalker, mês que vem.
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