Review | Star Wars: Os Últimos Jedi

Quando J. J. Abrams ressuscitou a franquia Star Wars há dois anos, ele optou pelo caminho mais garantido, ou seja, recontou a história que deu origem à saga intergalática mais amada do cinema (sorry, Star Trek – do qual também sou fã). O sucesso de Rogue One – Uma História Star Wars no ano passado mostrou que outros caminhos poderiam ser trilhados com êxito, e é por aí que Star Wars: Os Últimos Jedi segue. Mas podem ficar tranquilos: o filme é bom pra c…..!

Como em O Império Contra Ataca, os mocinhos (leia-se a Resistência) estão sendo expulsos de sua base pelos malvados, ou seja, a Primeira Ordem, cuja frota é comandada pelo mesmo General Hux (Domhnall Gleeson) do episódio anterior. Enquanto isso, reencontramos Rey (Daisy Ridley, que está em cartaz com Assassinato no Expresso do Oriente) no mesmo instante do final de O Despertar da Força: devolvendo o sabre de luz para Luke Skywalker (Mark Hamill). O que se segue não é exatamente o que esperávamos, e essas reversões de expectativas acontecerão durante toda a trama, o que é ótimo.

Enquanto tenta extrair os segredos de Luke, Riley descobre que consegue se contatar com Kylo Ren (Adam Driver, há pouco em cartaz no Cineclube Indaiatuba com Logan Lucky: Roubo em Família), mesmo a parsecs de distância, e percebe nele um verdadeiro conflito de emoções. Então, se o último Jedi reluta em salvar a Resistência, quem sabe Rey não consegue resgatar o filho de Han Solo e Leia Organa (Carrie Fisher) para a Luz?

Na Resistência, Poe Dameron (Oscar Isaac, de X-Men: Apocalipse) entra em conflito com a nova comandante, a vice-almirante Amilyn Holdo (Laura Dern, que brilhou recentemente em Big Little Lies). Essa rusga vai levar Finn (John Boyega) e sua nova amiga, Rose (Kelly Marie Tran), a uma Las Vegas espacial para encontrar um decifrador de códigos.  Enquanto Finn se encanta com a opulência do lugar, Rose mostra a ele a verdade sob toda aquela riqueza. Esse é mais ou menos o mote do filme: nem tudo é o que parece. Ponto positivo para o roteirista e diretor Rian Johnson.

Sem spoilers

Benicio Del Toro é DJ, um ladrão e contrabandista de moral dúbia. Gwendoline Christie, a querida Lady Brienne de Game of Thrones, volta como a Capitã Phasma, cuja função na franquia é mesmo vender action figures. Billie Lourd, filha de Carrie Fisher, interpreta a tenente Connix, que é facilmente identificada pelo penteado inspirado na Princesa Leia. Andy Serkis (da trilogia Planeta dos Macacos) volta como o Líder Supremo Snoke e Lupita Nyon’go (12 Anos de Escravidão) faz quase um cameo como Maz Kanata.

Dos atores fantasiados originais, Anthony Daniels, o C-3PO, é o último dos moicanos: com a morte de Kenny Baker no ano passado, R2-D2 foi assumido por Jimmy Vee, e por problemas de saúde, Peter Mayhew não é mais Chewbacca, cuja fantasia peluda é vestida agora por Joonas Suotamo (e juro que dá para perceber a diferença).

Como não é para dar spoilers, vamos dizer que os caminhos dos lados Negro e da Luz ficam muito mais definidos do que supúnhamos pelos trailers, que os fan services me levaram às lágrimas e que as lutas e batalhas são sensacionais. A homenagem a Carrie Fisher, a General Organa (ou Princesa Leia) que faleceu há quase um ano, foi tão sutil quanto a que foi feita a Anton Yelchin em Star Trek: Sem Fronteiras.

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