Review | Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Cercado de expectativas e ótimas vendas antecipadas, Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes chega hoje, em pré-estreia, aos cinemas.

Na segunda-feira, 13 de novembro, o Topázio Cinemas e Polo Shopping promoveram uma cabine para convidados. Ao final, cheguei a uma conclusão: o que mais valeu foi o ar-condicionado da sala, que afasta este calor infernal que assola o País.

A ideia desse prequel era contar a origem do Presidente Snow, interpretado na saga original pelo veterano Donald Sutherland (e os fãs da franquia estão lá preocupados em conhecer a origem do vilão?).

Aqui, o jovem Tom Blyth (Billy The Kid) assume o personagem em seus anos de formação, vindo de uma família influente que caiu na pobreza após a morte do patriarca e está prestes a ganhar um prêmio acadêmico em dinheiro, quando as regras do jogo mudam.

Agora, cada um dos alunos finalistas terá que assumir a tutela de um dos tributos dos Jogos Vorazes, e quem conseguir o melhor resultado em audiência receberá a láurea e a grana. A Coriolanus “Cory” Snow caberá à “magricela” do Distrito 12, Lucy Grey, personagem de Rachel Zegler, a quem deveria caber a tarefa de ser uma nova Katniss.

Coitada da moça que, apesar de bela e talentosa (canta, de fato), vem de dois grandes flops de bilheteria – o sensacional Amor, Sublime Amor de Steven Spielberg, que ninguém viu (Vejam! Está na HBO+); e Shazam! Fúria dos Deuses – nada indica que este novo trabalho vai redimi-la.

Além de ser muito difícil substituir Jennifer Lawrence como heroína, apesar de sua postura desafiadora no início, Lucy sequer é a protagonista da história, sendo mais um interesse romântico de Cory.

Para dar peso à produção, novamente sob a direção de Francis Lawrence (que assinou os três últimos filmes da franquia original), foram convocados Viola Davis, em modo maníaco, como a cientista maluca Dra. Volummia Gaus; Peter Dinklage, totalmente em modo Tyrion Lannister, fazendo o reitor Casca Highbottom; e o queridinho de Wes Anderson, Jason Shwartzman, no papel do apresentador dos jogos, Lucky Flickerman (o melhor do elenco).

Nada que justifique as duas horas e meia de duração, numa história que quando a gente acha que está acabando, recomeça de novo.

Tudo acaba caindo nas costas de Tom Blyth, que em certos ângulos lembra o jovem Peter O’Toole, mas as semelhanças param aí. Não que ele seja ruim, mas o roteiro não ajuda. A virada do personagem não é convincente, e esse era a razão de ser do filme.

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