Review | O Céu da Meia-Noite (Netflix)

Outra aposta da Nefflix para o Oscar é esta produção dirigida e estrelada por George Clooney: O Céu da Meia-Noite. Baseado em livro de Lily Brooks Dalton, também autora do romance que originou O Regresso, conta a história do cientista Augustine (Clooney), que durante uma crise global que ameaça a sobrevivência da Humanidade, decide ficar em seu observatório no Ártico a fim de fazer contato com a espaçonave Aether, que está voltando para a Terra. Seu objetivo é avisá-los para que voltem para a lua de Júpiter que exploraram e que reúne condições para a vida humana. Detalhe: ele tem um câncer terminal e pouco tempo de vida.

A ação se passa em dois cenários: na Terra, onde Augustine tenta contatar a nave de todas as formas e encontra uma misteriosa menina (Caoillin Springall) abandonada na estação geofísica; e no espaço, na missão comandada pelo capitão Adewole (David Oyewolo, o Martin Luther King de Selma) na qual a oficial de comunicações Sully (Felicity Jones, de A Teoria de Tudo e Rogue One) busca contatar o Controle da Missão, sem sucesso. Os ouros tripulantes são os veteranos Mitchell (Kyle Chandler, de Manchester à Beira-Mar) e Sanchez (Demián Bichir, indicado ao Oscar por Uma vida melhor), além da jovem Maya (Tiffany Boone, da série The Hunters).

Aqui, no terceiro planeta a partir do Sol, os esforços de um solitário e combalido Augustine são entremeados por lembranças amargas de seu passado, em que abriu mão do amor de Jean (Sophie Rundle, de Peaky Blinders) pelo seu trabalho, ao mesmo tempo que tem que se preocupar com a menina misteriosa. Na Aether, que é uma versão atualizada da Odissey de 2001, a tripulação vive situações padrão de filmes sci-fi, não faltando nem Gravidade, coestrelado pelo próprio Clooney.

O melhor de O Céu da Meia-Noite são as questões existenciais do protagonista num planeta que projeta os piores pesadelos de ecologistas e climatologistas. A revelação no final nem é tão surpreendente, mas isso não importa, diante da bela imagem do desfecho.

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