Review | Star Trek: Sem Fronteiras

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Vida longa e próspera à Enterprise
Star Trek: Sem Fronteiras faz a alegria dos trekkies

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Quase um mês após a estreia nos EUA, finalmente chega ao Brasil Star Trek:Sem Fronteiras, o terceiro filme da renovação da franquia iniciada por J.J. Abrams. Como ele assumiu a nova fase de Star Wars – que ele revelou ser sua sci-fi preferida – o comando da Enterprise foi passado para Justin Lin, o cara que transformou Velozes e Furiosos num fenômeno de bilheteria.

E a mudança fez bem à série. Lin deu mais agilidade à trama, beneficiado pelo roteiro do intérprete de Scott, Simon Pegg, trekkie (fã de Star Trek) assumido; e de Doug Jung, vindo da TV.

Após um prólogo bem humorado, a Enterprise, há quase três anos no espaço profundo, vai à base estelar Yorktown para reabastecer. Esse cenário é um deslumbre, praticamente uma lua artificial como a Estrela da Morte, só que luminosa habitada por gente comum, e não por stormtroopers. Lá, Spok recebe a notícia de que seu Eu mais velho morreu, enquanto Kirk é informado de que sua promoção a vice-almirante foi aceita e que ele passaria a comandar a base. Como Spok fica em dúvida sobre se continua na Frota Estelar ou ajuda a construir um novo lar para os vulcanos, a dupla dinâmica da ficção-científica começa a história prestes a deixar a ponte de comando.

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Mas essas angústias não tomam muito tempo, e logo a tripulação é chamada para resgatar uma equipe de pesquisa num nébula não mapeada. O que acontece a seguir não é spoiler, já que está no trailer: pela terceira vez em toda a série de longa-metragens, a Enterprise é destruída. Isso dá a justificativa para separar os oficiais seniors da nave, que vão ter aventuras separadas, em que todos tem seu tempo para brilhar, até se reunirem de novo para achar um jeito de deixar o planeta inóspito e salvar o que resta da tripulação e a estação Yorktown. Aí entram o vilão Krall (Idris Elba) e a solitária Jaylah, cujo nome, afirma Simon Pegg, vem da inspiração da Jennifer Lawence (J-Law) de Inverno da Alma, e que é vivida por Sofia Boutella, que foi a assassina das próteses em Kingsman – Serviço Secreto. Esperemos que não aconteça com ela o que houve com a Carol Marcus da deliciosa Alice Eve, integrada à tripulação em Além da Escuridão e limada desta continuação sem nenhuma explicação.

O filme não poupa fans service, mas também tem aquela ação ininterrupta e humor que deve agradar a quem nunca viu ou só começou a acompanhar Star Trek a partir de 2009. Se você prestar atenção, tem até referência a Star Wars na perseguição de naves na conclusão, talvez um tributo ao novo emrpego do produtor-executivo J.J. Abrams. O final lembra os “amigos ausentes”, no caso, Leonard Nimoy, falecido no ano passado, e Anton Yelchin, morto tragicamente aos 27 anos poucos meses antes do lançamento nos EUA. Também a tripulação original tem seu tributo, numa cena rápida, mas decisiva para Spok. Uma lágrima deve escorrer no rosto do verdadeiro trekkie.

Não há cenas pós créditos, mas recomendo ao nerd ficar até depois da apresentação do elenco principal e do título do filme, para as homenagens oficiais. Que as viagens da nave Enterprise “para a exploração de novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo onde homem nenhum jamais esteve” dure ainda muito tempo. Uma vida longa e próspera a Star Trek.

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